01 jul, 2012
Hoje, os métodos são diferentes e muito variados: desde a pinça, à maquina eléctrica, passando pela lâmina e as bandas de cera. A isto juntou-se, mais recentemente, a oferta de métodos que prometem ser definitivos, mas que, afinal, são apenas duradouros, como a fotodepilação ou a depilação a laser.
“É completamente errado dizer ‘depilação definitiva’, porque vai sempre aparecer um pêlo aqui ou ali, numa ou outra zona”, explica à Renascença Ana Luísa Almeida, directora de uma clínica da especialidade, do Porto. Este tipo de tratamento implica sessões de manutenção, uma vez por ano. Além disso, a depilação a laser não tem os mesmos resultados em todas as pessoas. “Quanto mais clara uma pele, e mais escuro o pêlo, melhor”, explica a técnica Ofélia Ferreira.
Nesta clínica, o tratamento de depilação a laser começa com uma consulta gratuita “com o objectivo de explicar os cuidados a ter e fazer uma avaliação do tipo de pêlo e pele”, explica Ofélia Ferreira. Nessa primeira consulta, é ainda feito um teste numa pequena área do corpo a tratar e, “se nas 48 horas seguintes não existir nenhuma reacção, o paciente pode avançar com o tratamento”, diz a directora da clínica.
António Picoto, dermatologista e presidente da Associação Portuguesa de Cancro Cutâneo (APCC), assegura que “o laser tem poucos riscos”, desde que se tenha “um conhecimento profundo da técnica, da máquina que se vai utilizar e dos parâmetros adequados a cada caso”.
Uma das dúvidas que mais assalta os clientes é se o laser provoca ou não dor. “Não vou dizer que é totalmente indolor, mas depende sempre da sensibilidade do paciente”, diz a técnica.
Com a evolução da tecnologia na área da depilação a laser, surgiram formas para minimizar a dor. O laser usado na Clínica Renaissance, “liberta, além da luz, um ar frio” e, em casos mais extremos, existe também a possibilidade de recorrer a um “anestesiante tópico”. Contudo, “quando começa a ver os resultados, o cliente até se esquece que tem dor”, garante Ofélia Ferreira.
Durante o período de tratamento, o paciente deve ter alguns cuidados especiais. “Não pode fazer exposição durante o período em que está a fazer o tratamento” e deve hidratar muito bem a pele, porque existe sempre o risco de queimadura, explica Ofélia Ferreira.
Na maioria dos casos, as clientes começam por depilar as axilas ou a virilha, mas, segundo a técnica Ofélia Ferreira, “depois de iniciarem o tratamento e começarem a ver os resultados, dão seguimento às outras áreas do corpo”.
No caso dos homens, que procuram cada vez mais a depilação, as costas, o peito e os braços são as zonas do corpo mais depiladas.
Os preços praticados na depilação a laser variam de clínica para clínica. Oscilam entre os 9 euros, para o buço, e os 160 euros para as pernas completas.
Depilação a laser vs. fotodepilação
A confusão é muita e não são raras as vezes em que o cliente inicia um tratamento de depilação sem conhecer as diferenças entre o laser e a luz pulsada.
O tipo de laser “Alexandrite”, usado na clínica visitada pelo Página1, foi criado exclusivamente para ser usado em depilação. Neste caso, é emitida uma luz monocromática, disparada em linha recta, que elimina o pelo na célula germinativa. Já no caso da luz pulsada, a luz é mista, espalha-se em várias direcções e, por isso, apenas debilita o pêlo.
Muitas pessoas acabam por optar pela fotodepilação pelos preços aliciantes. Ana Luísa Almeida explica que na depilação a laser “é impossível praticar os preços da fotodepilação”, devido ao elevado custo do equipamento Alexandrite. Contudo, salienta que “a depilação a laser acaba por ficar mais em conta” porque são necessárias “menos sessões”.
Existe ainda uma outra grande diferença: a depilação a laser exige a supervisão de um especialista em dermatologia, enquanto que a fotodepilação não. Na opinião do presidente da APCC, “o acompanhamento médico é essencial para o diagnóstico da situação”, sendo também importante ter “conhecimento do historial clínico do paciente”, especialmente, no caso de este estar a seguir determinada medicação.