Tempo
|

IPO reforça capacidade de tratar doentes através de radioterapia

15 mai, 2012 • Joana Bénard da Costa

Directora do serviço espera reduzir para metade o número de doentes que o Instituto Português de Oncologia de Lisboa tem de encaminhar para o sector privado.

O Instituto Português de Oncologia (IPO) de Lisboa está a reforçar a capacidade de tratar doentes através de radioterapia, devendo, até Outubro, ter a funcionar mais dois aceleradores lineares.

Depois de grandes atrasos na instalação, a unidade, que já tem funcionar dois modernos aceleradores lineares, passará a ter quatro destes aparelhos, que permitem fazer tratamentos mais precisos e com menos efeitos secundários.

A utilização destas máquinas faz a diferença no tratamento dos doentes oncológicos, já que permite "diminuir o número de órgãos que não queremos que sejam atingidos pela dose e vai, por outro lado, permitir aumentar a dose no tumor”, explica à Renascença a directora do serviço de radioterapia, Margarida Roldão. 

O IPO de Lisboa aumenta, assim, a sua capacidade de forma significativa, mas ainda não conseguirá tratar todos os doentes que precisam de fazer radioterapia. Por isso, vai continuar a encaminhar parte dos doentes para o sector privado.

Margarida Roldão diz que, neste momento, serão cerca de 40%, mas, a partir de Outubro, podem ser metade, na ordem dos 20%. Um passo na direcção certa, diz a directora do serviço de radioterapia: “Temos os recursos humanos, com a formação necessária para tratar muito bem o doente oncológico e deve ser o IPO a dar essas respostas”.

“É uma pena que se tenha de recorrer a entidades externas", conclui a especialista.