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Estudo

Sucesso nos hospitais universitários. Portugueses “estão bem entregues"

17 abr, 2012 • Joana Bénard da Costa

Organização é o ponto negro dos hospitais portugueses.

Sucesso nos hospitais universitários. Portugueses “estão bem entregues"
Um estudo comparativo entre todos os hospitais universitários da Península Ibérica mostra que os portugueses estão em boas mãos nos hospitais universitários, quer do ponto de vista da qualidade quer da segurança clínica.

“Todos os hospitais, excepto um, têm uma mortalidade abaixo do que seria expectável. É uma boa notícia geral para os portugueses: dá-nos garantias de que, do ponto de vista científico e tecnológico, os nossos hospitais universitários estão a trabalhar bem, têm níveis de sucesso similares aos de Espanha, quer na mortalidade quer nas complicações quer nas readmissões e, portanto, em termos de segurança, acho que os portugueses estão bem entregues do ponto de vista clínico”, afirma à Renascença Manuel delgado, da empresa IASIST, que conduziu o estudo ibérico.

Os dados estatísticos são muito idênticos nos hospitais portugueses e espanhóis. O calcanhar de Aquiles em Portugal é a organização – registos clínicos de fraca qualidade e tempos de internamento excessivos, por exemplo.

“As durações de internamento são superiores àquilo que seria adequado, ou seja, os doentes ficam mais tempo nas camas do que aquilo que seria ajustado. É claro que isto tem riscos – riscos para a saúde dos doentes – e custos económicos”, refere Manuel Delgado.

O estudo envolveu seis hospitais portugueses, 22 espanhóis, todos eles universitários, e os indicadores analisados referem-se ao ano 2010.