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Federação pela Vida exige avaliação das "leis fracturantes"

16 mar, 2012 • Domingos Pinto

Federação Portuguesa pela Vida, reunida em congresso, alerta para os 85 mil abortos nos últimos anos por mera opção das mulheres.

A presidente da Federação Portuguesa pela Vida, Isilda Pegado, criticou esta sexta-feira os seis diplomas aprovados pelo anterior Governo socialista relativos à lei do aborto, do divórcio, reprodução artificial,  educação sexual, ao casamento entre pessoas do mesmo sexo e à mudança de sexo.

A Federação Portuguesa pela Vida, reunida esta sexta-feira em congresso, vai lançar uma petição pública contra estas seis leis aprovadas durante os governos de José Sócrates. 

“Não estamos conformados com estas leis e não baixaremos os braços. Que o país e o povo não reconheça estas leis e não aceita a sua própria destruição, que todos os dias ganhamos um referendo em cada vida que as nossas associações apoiam e salva, que todos os dias choramos um referendo em cada vida que se aborta numa qualquer clínica mais ou menos luxuosa”, declarou Isilda Pegado. 

85 mil abortos voluntários desde 2007
A interrupção voluntária da gravidez mereceu o destaque Francisco Vilhena da Cunha, que alertou para os dados: já foram pagos “85 mil abortos” pagos pelo Estado desde Julho de 2007.

O especialista destacou que estes números dizem respeito somente “à opção das mulheres” e não a “más formações do feto” ou a “violação”.

Sustentando que “o aborto clandestino está longe de estar erradicado” e “as complicações físicas do aborto legal”, Francisco Vilhena da Cunha concluiu que a lei da interrupção voluntária não a tornou “segura”, nem “legal”.

Caminhada e petição em defesa da vida e da família
A petição “online” contra as “leis fracturantes” que saiu deste congresso tem destinatários concretos, a começar pela Assembleia da República, explicou António Pinheiro Torres, vice-presidente da Federação Portuguesa pela Vida.

“Aquilo que pedimos à Assembleia da República é que proceda a uma avaliação do resultado destas leis e, conforme as circunstâncias, as mude.”

E se estes são recados para o Parlamento, outros vão chegar aos grupos parlamentares pelos três deputados que aceitaram participar neste congresso.

Teresa Venda, a ex-deputada independente eleita pelo PS, acusa os partidos de esquerda têm como objectivo “combater a base sustentável da nossa sociedade, que é a família”.

O social-democrata António Proa diz que defender a vida não é conservadorismo e considera importante que, no congresso que se avizinha, o PSD vincasse a sua posição sobre esta questão.

Pelo CDS, Pedro Pestana diz que estas leis “fracturantes” têm de ser mudadas, mas não acredita que seja tão cedo, mas isso não significa que não seja feita uma avaliação deste conjunto de leis.

A Federação Portuguesa pela Vida convocou uma ”Caminhada pela Vida” para 19 de Maio, uma jornada com festa, marchas, música, com palavras de ordem em defesa da vida.

[notícia actualizada às 2h38]