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Um dia na vida de um diabético

07 mar, 2012 • Olímpia Mairos

Doença afecta 12,4% da população portuguesa, numa faixa etária alargada, que vai dos 20 aos 79 anos.

Um dia na vida de um diabético
Bertelina Pedrosa tem 68 anos. É diabética há mais de 15. Mal se levanta pela manhã, há um gesto que não pode esquecer: “Fazer a insulina. Faço de manhã, lenta, ao meio-dia rápida e à noite lenta”, conta à Renascença.

Todos os dias tem que ver a glicemia e o nível de açúcar no sangue varia muito. Por mais cuidado que possa ter com a alimentação, "só a picada", como diz, lhe dá a indicação de quantas unidades de insulina deve fazer.

Além da insulina a aplicar, e quando os níveis de glicemia estão elevados, há um outro caminho. “Tenho de me abster. Há certas comidas que gostava de comer e agora não posso.”

Mas, às vezes, o apetite fala mais alto. Bertelina cede à tentação do que mais gosta e está proibida de consumir: “Pastéis com creme, que gosto muito.” Aí, o nível de açúcar dispara e há que compensar com insulina. Bertelina diz que a sua doença é complicada.

A diabetes é uma doença que não dói, mas que "mói e destrói", diz quem dela padece e sabe que com ela vai ter de continuar a conviver. A doença afecta 12,4% da população portuguesa, numa faixa etária alargada, que vai dos 20 aos 79 anos.