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DGS alerta para "picada de mosquito" no Algarve

01 set, 2015

Provável caso de infecção pelo vírus do Nilo leva autoridades de saúde a fazerem recomendações.

DGS alerta para "picada de mosquito" no Algarve

A Direcção-Geral de Saúde (DGS) recomenda às autoridades e à população que tomem medidas preventivas, na sequência de um caso provável de infecção pelo vírus do Nilo, transmitido pela picada de mosquito num residente no Algarve que já teve alta.

Segundo um comunicado publicado no site da DGS, é necessário que as autoridades reforcem os mecanismos de luta contra os mosquitos, sendo também aconselhado à população que reduza a exposição corporal à picada do mosquito, usando repelentes e redes mosquiteiras.

A DGS esclarece que o vírus não se transmite de pessoa para pessoa, mas "unicamente por picada de mosquito do género Culex" podendo, "em 20% das infecções, provocar doença febril com manifestações clínicas ligeiras, que raramente pode evoluir para meningite viral".

Entre as recomendações, está ainda a comunicação do caso provável a nível internacional, a implementação de acções que visem a segurança do sangue e seus componentes e da transplantação e a articulação com os serviços de veterinária, uma vez que os mosquitos infectados por aquele vírus podem também transmitir a infecção a animais, em particular cavalos.

O provável caso de doença pelo vírus, que circula nalgumas zonas da bacia mediterrânica, reuniu esta segunda-feira especialistas e dirigentes da DGS, do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA), do Instituto Português do Sangue e da Transplantação, da Administração Regional de Saúde do Algarve e do Instituto de Higiene e Medicina Tropical, em articulação com a Direcção-Geral de Alimentação e Veterinária.

A DGS refere que a situação verificada no Algarve "continua a ser monitorizada e que qualquer alteração será comunicada", acrescentando que o INSA "está preparado para receber amostras e realizar o diagnóstico laboratorial" do vírus.

"As instituições citadas continuarão a acompanhar a situação e, em caso de necessidade, a actualizar a informação", conclui a DGS.