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Governo satisfeito com melhoria dos índices de saúde

07 jul, 2015

O ministro da Saúde destaca a diminuição de mortes abaixo dos 70 anos e o aumento da esperança de vida ao longo dos últimos dez anos.

Governo satisfeito com melhoria dos índices de saúde

O ministro da Saúde, Paulo Macedo, saúda a "progressão bastante positiva na generalidade dos indicadores" de saúde em Portugal.

Na última década houve uma evolução positiva na generalidade dos indicadores de saúde em Portugal, indica um relatório da Direcção-Geral da Saúde, divulgado esta terça-feira. A mortalidade abaixo dos 70 anos diminuiu e a esperança de vida aumentou, bem como os anos de vida com saúde.

Para Paulo Macedo, é importante destacar que a situação melhorou, independentemente, ou apesar, de os gastos com o Serviço Nacional de Saúde terem diminuído.

"Os resultados espelhados neste estudo são uma progressão bastante positiva na generalidade dos indicadores, para não dizer quase todos, nos últimos dez anos, nos últimos cinco, quatro e dois [anos]", disse Paulo Macedo.

"Isso é algo em si mesmo bastante positivo, porque são resultados que foram obtidos, quando olhamos para dez anos, em fases totalmente distintas. Tivemos uma fase de crescimento da despesa com a saúde e, infelizmente, tivemos de ter uma redução com a saúde, como noutras áreas, pelas razões que todos conhecem. Portanto, apesar deste comportamento distinto em termos financeiros, naquilo que seriam os meios do Serviço Nacional de Saúde, a verdade é que se conseguiram atingir resultados muito importantes", conclui.

De entre os indicadores positivos, o ministro da Saúde destaca a redução de mortes abaixo dos 70 anos. "Os anos de vida perdidos tiveram uma evolução outra vez extremamente positiva – aliás, uma das mais positivas dos últimos anos – relativamente à mortalidade abaixo dos 70 anos. Tivemos uma evolução sistemática, no sentido de ter havido ao longo de todos estes anos, uma redução de óbitos na população abaixo dos 70."

Melhorar apoio a idosos
Pela negativa, o ministro destaca o maior número de mortes cancros devido a cancro.

Ainda assim, Paulo Macedo diz que a mortalidade tem aumentado nas idades mais avançadas, resultado de uma maior prevenção e eficácia dos tratamentos.

Este relatório indica ainda que a qualidade de vida não aumentou de forma proporcional à esperança média de vida. Para contornar esta situação, diz o ministro da Saúde, é preciso apostar nos cuidados primários de saúde e no acompanhamento dos mais idosos.

"Temos indicadores bastante positivos em termos da esperança média de vida e temos indicadores que não são tão bons em termos da qualidade de vida nas faixas etárias mais elevadas", reconhece.

"O que temos de fazer é melhorar a nossa rede de trabalhos continuados, onde investimos, abrindo mais de duas mil camas, temos de ter um maior apoio ao acompanhamento dos idosos e, por outro lado, um melhor acompanhamento nos cuidados primários."