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Guiné-Bissau. Quatro portugueses vão ajudar a detectar e prevenir o ébola

21 mai, 2015

A África Ocidental foi atingida por um surto, que teve início no fim de 2013/início de 2014, e já matou mais de 10 mil pessoas.

A Organização Mundial da Saúde (OMS), a Direcção-Geral de Saúde vai enviar mais quatro especialistas portugueses para ajudar a detectar e prevenir o vírus ébola na Guiné-Bissau.

"A OMS em Genebra contactou a Direcção-Geral da Saúde (DGS) no sentido de seleccionar rapidamente especialistas em epidemiologia e antropologia para se deslocarem de imediato à Guiné-Bissau e este pedido da OMS foi respondido positivamente", reforçando-se a missão já em Bissau, disse à agência Lusa o director-geral da DGS.

"Seleccionámos quatro especialistas de imediato para serem contratados pela OMS", referiu ainda Francisco George, sem acrescentar mais pormenores.

A Guiné-Bissau possui desde Março um laboratório instalado por Portugal, no qual especialistas do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e do Instituto Nacional de Saúde (INSA) Dr. Ricardo Jorge podem detectar o vírus a partir de amostras em cerca de cinco horas.

Antes desse laboratório, era necessário recorrer ao estrangeiro, com prazos mais longos e arriscando a que a demora na análise comprometesse o isolamento das cadeias de transmissão.

Cinco casos de Ébola foram detectados num município do norte da Guiné-Conacri que faz fronteira com a Guiné-Bissau, anunciou na quarta-feira a OMS.

De acordo com o relatório de quarta-feira da OMS, a semana passada foi aquela em que se registou o maior número total de casos confirmados ao longo de um mês, com 35 casos notificados da Guiné-Conacri e Serra Leoa.

A África Ocidental foi atingida por um surto de ébola, que teve início no fim de 2013/início de 2014, e já matou mais de 10 mil pessoas e os países mais afectados são Serra Leoa, Guiné-Conacri e Libéria, segundo a OMS.