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Católica quer cientistas lusófonos a trabalhar em rede

06 mai, 2015 • Filipe d’Avillez

A rede "Sete Mares & Pangeia”, como provisoriamente se chama, tem por objectivo ajudar os investigadores e doutorandos a trocar ideias, investigar em conjunto e difundir os seus trabalhos.

Católica quer cientistas lusófonos a trabalhar em rede
A Universidade Católica Portuguesa (UCP) quer colocar os investigadores lusófonos em todo o mundo a trabalhar em rede, potenciando assim a troca de ideias, a investigação conjunta e a divulgação dos seus estudos.

É nesse sentido que decorre, esta quarta-feira, no Centro de Estudos dos Povos e Culturas de Expressão Portuguesa (CEPCEP), uma reunião de preparação para uma rede a que se deu o nome, provisório, de "Sete Mares & Pangeia".

A ideia é recolher ideias. "Vão-nos dar a sua opinião sobre o que necessitariam para uma plataforma deste género", explica Fernando Chau, da direcção do CEPCEP.

Os passos seguintes são a procura de financiamento e, se tudo correr bem, em Setembro ou Outubro, já será possível apresentar um modelo do portal final, que no melhor cenário estará pronto em Março de 2016.

Fernando Chau reconhece que já existem várias redes deste género, mas nenhum é especificamente dirigido à comunidade lusófona: "Achamos que esta rede faz falta, porque queremos oferecer funcionalidades que podem torná-la mais atractiva que as existentes, que são bastante poderosas e que muitos já usam. A nossa ideia é tentar integrar uma série de serviços e informação que podem ser úteis para os investigadores lusófonos."

"Vamos ver se conseguimos convencê-los, para participarem e fazerem crescer a plataforma, que só será útil se tiver utilizadores", explica o investigador, natural de Macau, que é também consultor do Banco de Portugal.

A ideia para este projecto partiu de Roberto Carneiro, que lidera o CEPCEP. Segundo Fernando Chau, o ex-ministro da Educação (1987-91) tem "muitos contactos no mundo lusófono" e "sente a necessidade de os investigadores lusófonos usarem tecnologia que permite de forma eficiente trocar ideias, comunicar, investigar em conjunto, fazer trabalhos, cooperar".

Por enquanto, assegura o investigador, esta é uma iniciativa liderada pela Universidade Católica, mas não há qualquer pretensão de monopólio. "Se houver outros interessados juntem-se a nós. Queremos que o maior número de pessoas use a plataforma."