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Enfermeiros nas urgências hospitalares já podem pedir exames

07 mar, 2015

O objectivo da nova norma é "reduzir os tempos de espera inúteis".

Os enfermeiros que realizam a triagem nos serviços de urgência hospitalar já podem pedir exames. A norma da Direcção-Geral da Saúde visa reduzir tempos de espera inúteis nestas unidades.

A norma, a que a agência Lusa teve acesso, refere que os directores do serviço de urgência têm de elaborar um algoritmo para ser seguido no atendimento dos doentes, após o seu atendimento segundo a triagem de Manchester, que é realizado por enfermeiros.

O algoritmo em questão - que para já é criado por cada instituição, mas deverá mais tarde ser nacional - é definido para determinadas situações clínicas, como queimaduras, lesões articulares traumáticas, traumatismo crânio encefálico, traumatismo da face, ideação suicida, entre outras.

Alexandre Diniz, director do Departamento da Qualidade na Saúde, explicou que o objectivo da norma - de que a Ordem dos Médicos é co-autora - é "reduzir os tempos de espera inúteis".

Para tal, foram "desenvolvidos mecanismos que aceleram o percurso do doente até à assistência médica".

Segundo Alexandre Diniz, "o grande problema das urgências são os casos amarelos", os quais têm de ser atendidos na hora seguinte.

O especialista deu o exemplo do caso de um doente com uma dor torácica que é atendido na triagem por um enfermeiro e necessita de um electrocardiograma. Até agora, só o médico podia passar esse exame, mas, a partir de agora, o enfermeiro pode pedir o exame e, assim, avançar no atendimento, encurtando algum tempo.

Segundo um despacho publicado em Fevereiro em “Diário da República”, "em episódios de urgência com apresentação tipificada", "pode ser considerada a solicitação, pelo enfermeiro da triagem, de meios complementares de diagnóstico".