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Países mais afectados pedem ajuda internacional para recuperar do ébola

03 mar, 2015

Epidemia matou cerca de dez mil pessoas nestes três países e afectou significativamente as suas economias. Comissão Europeia organizou uma conferência sobre a doença que juntou mais de 60 delegações internacionais.

Países mais afectados pedem ajuda internacional para recuperar do ébola

Os três países da África ocidental mais afectados pelo surto de ébola pediram esta terça-feira ajuda para reparar os danos sofridos pelas respectivas economias, agora que a epidemia parecer estar a acabar.

Os líderes da Guiné-Conacri, Libéria e da Serra Leoa acreditam que estão a vencer a batalha contra o ébola, segundo disseram numa conferência internacional em Bruxelas sobre a doença.

A epidemia matou cerca de dez mil pessoas nestes três países e afectou significativamente as suas economias, que até então registavam bons níveis de crescimento.

"Precisamos de responder ao impacto económico da epidemia, estabilizar as nossas economias, voltar ao caminho do crescimento inclusivo em que estávamos antes de o vírus nos atingir", disse a Presidente da Libéria, Ellen Johnson Sirleaf.

Os casos de ébola têm estado em forte declínio nas últimas semanas, mas houve recentemente um surto preocupante na Serra Leoa. O vice-presidente Samuel Sam-Sumana ficou em quarentena após a morte de um dos seus guarda-costas.

Já foram prometidos quase cinco mil milhões de dólares (quase 4,5 mil milhões de euros) por parte de entidades internacionais para o combate ao ébola, segundo a União Europeia, embora apenas metade desse valor tenha sido desembolsado até agora.

Escolas, quintas e mercados estiveram encerrados durante o surto, causando um declínio na economia dos países em causa. O Banco Mundial estima que a epidemia vai custar 1,6 mil milhões de dólares (1,4 mil milhões de euros) aos três países em crescimento económico este ano.

As três nações africanas pretendem desenhar um plano regional de recuperação para apresentar nas reuniões do FMI e do Banco Mundial em Abril, com o objectivo de reconstruir os serviços sociais dos países, tal como o sector privado.