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Surtos psicóticos. Doentes sem remédio que subiu 348%

10 fev, 2015

Infarmed rejeitou a revisão urgente de preço solicitada pelo laboratório.

Os doentes psiquiátricos vão deixar de contar com uma injecção para casos urgentes, como surtos psicóticos. O Infarmed suspendeu a venda após o laboratório ter pedido uma revisão urgente do preço.

O laboratório, que vende a Olanzapina, propôs um aumento de 348%, ou seja, o medicamento passava de cerca de cinco euros para mais de 21. O pedido foi rejeitado e a Lilly decidiu suspender a sua venda em Portugal e noutros países da União Europeia.

A Autoridade Nacional do Medicamento informa que o medicamento continua disponível na forma de comprimidos.

Os doentes com esquizofrenia e bipolares vão deixar de ter acesso a um medicamento injectável, segundo noticia o “Diário de Notícias”. A psiquiatra Inês Cunha, do Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa, refere que este "é um retrocesso de 30 anos na psiquiatria de urgência".

A Renascença contactou o laboratório, mas ainda não obteve qualquer esclarecimento.


[notícia actualizada às 15h00]