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Bombeiros esperam duas horas no hospital de Gaia para reaver macas

09 jan, 2015

Problema tem-se verificado nos primeiros dias do ano. Comandante dos bombeiros diz que o hospital não tem equipamento ou disponibilidade suficiente.

Os Bombeiros Sapadores de Gaia estão a enfrentar dificuldades para conseguir reaver as macas das suas ambulâncias quando transportam doentes para o Hospital Santos Silva. De acordo com relatos feitos à Renascença, nos últimos dias, os tempos de espera para a troca de macas chegaram a atingir duas horas.

“Tivemos muitos serviços, agora no final do ano, em que estivemos quase duas horas à espera. Se nos ligarem e se as ambulâncias estiverem retidas teremos muitas dificuldades, porque os nossos recursos humanos também são finitos”, explica o comandante dos sapadores, Salvador Almeida.

“Enquanto o doente não for passado para a maca do hospital, enquanto não for feita a triagem, enquanto não o entregarmos, não podemos, de forma nenhuma abandonar o doente”, esclarece Salvador Almeida, acrescentando que a troca demora devido ao facto de o hospital de Gaia “não ter equipamento, macas ou disponibilidade”.

Situação semelhante registou-se, também no início do ano, no Hospital de Torres Vedras.
 
O ministro da Saúde foi esta quinta-feira ao Parlamento prestar esclarecimentos sobre os diversos problemas que se têm registado em alguns serviços de urgência hospitalares. Paulo Macedo foi alvo de fortes críticas da oposição, com o PS a insinuar que as Finanças mandam na Saúde e Paulo Macedo a responder com o investimento feito no sector.

Na resposta, disse que o SNS está preparado para o pico de gripe que deverá chegar no final do mês e recusou a ideia de que o seu Ministério não se preparou para a situação, recordando algumas visitas que realizou recentemente a algumas unidades de saúde.

Paulo Macedo garantiu que nenhum serviço de cuidados de saúde primários vai encerrar – em resposta a uma notícia sobre o encerramento de horários nos centros de saúde da Administração Regional de Saúde do Norte – adiantando que estas unidades serão "reforçadas".

Às acusações de falta de pessoas, levantadas por alguns deputados da oposição, disse que tal é "ignorância", recordando que nos últimos três anos o Governo tem contratado todos os médicos disponíveis.