Emissão Renascença | Ouvir Online

As 15 certezas e as 15 dúvidas de 15 personalidades para 2015

30 dez, 2014 • João Carlos Malta

Correia de Campos, Rui Costa, Frei Bento Domingues, Guta Moura Guedes, Pedro Adão e Silva e outras personalidades antecipam 2015. Um "mapa escrito" para o que nos espera.

As 15 certezas e as 15 dúvidas de 15 personalidades para 2015
A gíria desportiva lançou para o discurso popular a repetição de uma frase emblemática do capitão do FC Porto João Pinto: "prognósticos só no fim do jogo". No entanto, é inevitável que todos os anos tentemos fazer previsões sobre o que aí vem. Até porque Winston Churchill disse que as previsões são uma arte. Qual? A de antecipar o que acontecerá e depois explicar porque é que não aconteceu.

A Renascença seleccionou 15 áreas (da política ao design, da educação à justiça) e uma personalidade de cada uma delas para escolherem uma dúvida e uma certeza para 2015.


POLÍTICA
. Pedro Adão e Silva, sociólogo e politólogo


CERTEZA:
As eleições legislativas e a mudança de Governo. Apesar da incerteza e de não sabermos como é que a situação vai evoluir, diria que as dinâmicas estruturais são tão fortes que dificilmente o partido da oposição não ganhará as eleições. O nível do desemprego, a situação económica dos pensionistas e dos funcionários públicos promoveram uma degradação das condições materiais ao longo destes quatro anos. E, como uma eleição é sempre uma avaliação de quem está no poder e não apenas um tempo de confiança na alternativa, diria que esses factores estruturais se vão sobrepor a tudo o resto.

DÚVIDA: Não sabemos o que vai acontecer no dia a seguir às eleições legislativas, altura em que o Presidente da República está com os seus poderes reduzidos. No dia a seguir à votação, já vai haver muitos candidatos pré-presidenciais e todos eles com muitas ideias do que deverá ser a actuação do PR, que terá menos poderes. E o país terá de ter uma solução com maioria parlamentar que vai ser muito difícil de formar.

O Partido Socialista ganha as eleições e é de certa forma um partido incoligável. A última coligação em que participou foi em 1983 e 1985. E isso é um sintoma. O PSD tem um parceiro natural de coligação que é o PSD. É bem possível que tenhamos um governo eleito com maioria relativa durante um ano. O PR que será depois eleito, durante os primeiros seis meses, não pode fazer cair o Governo e ninguém vai querer assumir essa responsabilidade e a instabilidade. Podemos mesmo ter um Governo com maioria relativa, o que não quer dizer que isso seja positivo.

ECONOMIA. Pedro Lains, economista

CERTEZA: A maior certeza é de que as desigualdades em Portugal se vão agravar em 2015, pois pouco ou nada se vai fazer quanto à reposição de algumas transferências do Estado para as pessoas de menor rendimento, incluindo famílias, crianças e idosos, transferências que foram severamente cortadas nos últimos anos. Essa certeza é tanto maior quanto se considere que o tema das desigualdades não rende votos, como se pode deduzir de estudos sobre as preocupações do eleitorado, e por isso não haverá o estímulo para a necessária mudança de políticas, e dificilmente aparecerá como tema da campanha eleitoral que se avizinha.

DÚVIDA: A maior dúvida está relacionada com a recuperação da economia portuguesa. Deve ser claro que a economia portuguesa sofreu na última década uma lenta e silenciosa transformação, ajustando-se às alterações da economia internacional, resultantes da maior concorrência do leste europeu, quanto ao investimento estrangeiro directo, e de países como a China, quanto às exportações tradicionais como os têxteis ou equipamentos de consumo. Essa transformação foi atrasada pelas políticas de austeridade, pela quebra no investimento público, pelas políticas de baixos salários, e pelas dificuldades de acesso ao mercado de capitais, factores de atraso que deveriam ser rapidamente revertidos. Será que a governação em 2015 vai finalmente estar ao nível dessa transformação económica e introduzir as necessárias mudanças de política?

JUSTIÇA. Ricardo Sá Fernandes, advogado

CERTEZA: O processo do engenheiro Sócrates e do BES não vão chegar ao fim e serão alvo de uma enorme polémica durante todo o ano. Vão arrastar muitas paixões, muitas incertezas. Não é possível terminarem no próximo ano, os processos começaram agora e portanto é uma certeza e são processos muito complexos e há muita prova indirecta.

DÚVIDA: Perceber se o Tribunal Europeu aprecia a queixa que temos há três anos e pelo qual o Carlos Cruz [que represento enquanto advogado] foi condenado e que se tiver êxito pode levar a retoma do processo. Três anos é o tempo normal e a minha dúvida que é se será em 2015 que o processo será julgado. Isso encher-me-ia de satisfação. Há outra dúvida que é sobre se o Afonso Dias quando transitar em julgado o caso do rapto do Rui Pedro [cujos pais também represento], o que deverá acontecer em Janeiro, revelará o que fez ao miúdo. É outra dúvida que fica no ar.

EDUCAÇÃO. Joaquim Azevedo, professor catedrático da Universidade Católica do Porto

CERTEZA: Vai haver um foco absoluto na colocação de professores. Depois da desgraça das colocações de professores em 2014, tudo se irá fazer para que não haja qualquer problema de colocações, ainda por cima em ano de eleições legislativas.

DÚVIDA: Tenho os maiores receios de que os resultados dos alunos não melhorem. Esse é que devia ser o foco da actividade das escolas e do Ministério da Educação e da Ciência. Continuamos "perdidos" em ninharias, que deviam ser rotinas instaladas, e desfocados do núcleo central das preocupações: ensinar melhor (sim, porque é preciso ensinar muito melhor) e fazer todos os nossos alunos aprender mais e melhor (todos e cada um!).

SAÚDE. Correia de Campos, ex-ministro da Saúde

CERTEZA: O orçamento da saúde não será suficiente. Nunca o é. A menos que haja malabarismos orçamentais, que haja uma grande tolerância para com os gestores hospitalares, ou rectificativos na área da saúde. Há ainda a hipótese de que a proximidade dos actos eleitorais traga alguma generosidade por parte dos mecanismos de controlo do ministério. O Governo que pegar no país no próximo ano terá um orçamento da saúde esfarrapado. Roto por todos os lados. Isso é certo, é fatal como o destino.

DÚVIDA: Saber se as restrições orçamentais tomadas em Novembro ou Dezembro de 2014 têm alguma eficácia. Tenho as maiores dúvidas sobre uma dotação que se sabe à partida que é suborçamentada. Qual é a vantagem que isso tem? Não faz com que os gestores gastem menos, mas mais. E explico porquê: um gestor que pensa que precisa de gastar 100, se o Governo lhe der 95 faz todos os possíveis para não derrapar. Mas se lhe derem 80 ele vai gastar 110 e não os 100 que precisava. É assim que se passam as coisas dentro dos gestores, quando os cortes são irracionais.

CIÊNCIA. Hélder Maiato, investigador do Instituto de Biologia Molecular e Celular

CERTEZA: Portugal começa-se a afirmar como um dos líderes mundiais na área da divisão celular: são já sete os investigadores a trabalhar em Portugal financiados pelo European Research Council (Conselho Europeu de Investigação) a trabalhar em diferentes aspectos relacionados com a divisão celular. O European Research Council apoia uma franja muito selectiva de investigadores na Europa de elevado potencial e mérito.

DÚVIDA: Será que os conseguimos manter [esses investigadores] em Portugal nos próximos anos? Portugal tem que escolher que país quer ser nos próximos anos: um líder ou um seguidor. Tenho a total convicção que a ciência, porque depende essencialmente de pessoas, fará parte da solução para Portugal.

INTERNACIONAL. Bernardo Pires de Lima, investigador do Instituto Português de Relações Internacionais da Universidade Nova de Lisboa

CERTEZA: O crescimento do fluxo jihadista, entre o Norte de África, o Médio Oriente e a Ásia Central. A instabilidade nestas regiões, o fim da missão no Afeganistão e a continuidade de algumas guerras civis (Iraque, Líbia e Síria) tornam esta região potenciadora em si mesmo do crescimento do fluxo jihadista. Há dois ou três sinais que confirmam este crescimento:

1 - A Península do Sinai, no Egipto, teve um aumento significativo das redes jihadistas e algumas delas juraram fidelidade ao Estado Islâmico. Isto é particularmente grave tendo em conta a linha política do Egipto ser significativamente anti-islâmica e isso obrigar a reacções permanentes destes grupos terroristas.

2 - Há também sinais nos montes Golã da presença do Estado Islâmico, o que significa um problema grave para Israel e para a zona de poder do Presidente [sírio] Assad.

3 - A Líbia que tem dois governos que não se reconhecem mutuamente e com o Estado Islâmico também presente no país.

As sociedades europeias têm-se tornado fontes jihadistas no Iraque e Síria. À medida que estes países permanecem em conflito, haverá maior tentação por parte dos europeus fascinados com o Estado Islâmico serem recrutados de forma mais agressiva.

DÚVIDA: A Rússia e a forma como irá gerir a crise económica. Ou seja, como irá responder à pressão da baixa do petróleo e como irá responder politicamente ao facto de o poder de compra ir diminuir e às consequentes tensões sociais que causará. E ainda, a forma como a Rússia responderá àquele que considera ser o cerco americano e saudita. Por outro lado, se irá agir de uma forma mais dura na Ucrânia, mas também na Moldávia, na Bielorrússia, na Geórgia e em toda a zona da vizinhança ou se opta por flexibilizar as suas posições em troca de algumas bênçãos internacionais, que podem ir desde o aumento do investimento estrangeiro a uma negociação que possa fazer com que os preços do petróleo subam. A grande incerteza é portanto, a imprevisibilidade do comportamento russo.

EUROPA. António Vitorino, ex-comissário europeu

CERTEZA: A minha certeza tem a ver com o fim da crise existencial do euro. Com efeito, depois das previsões apocalípticas de 2012 e ainda 2013, creio que 2014 deixou claro que o euro veio para ficar como moeda de referência da União Europeia e como moeda de reserva global a par do dólar. E, se esta certeza não garante por si só que a composição da zona euro não venha a conhecer alterações, pelo menos fica claro que a responsabilidade de nela permanecer cabe aos países participantes e à sua capacidade de influenciarem a evolução futura da "governance" da moeda única europeia.

DÚVIDA: No capítulo da dúvida inscreveria a de saber se existe o consenso político necessário entre os 28 Estados para definir um trajecto de retoma do crescimento económico que potencie o mercado interno e crie emprego, condições fundamentais para que os europeus se revejam na União como um projecto de futuro baseado na paz, no progresso económico, na justiça e na solidariedade.

RELIGIÃO. Frei Bento Domingues, frade dominicano

CERTEZA: No plano humano, religioso e cristão, do meu ponto de vista católico, a certeza maior é esta: o Papa Francisco está convencido de que a reforma da Cúria romana é indispensável para que a hierarquia da Igreja acabe por compreender que existe, não para mandar, mas para servir, descentrando-se para Cristo e para o mundo dos pobres, dos descartáveis, dos sobrantes.

Como a teia de interesses criada em torno do Vaticano é muito apertada e conta com apoios muito poderosos em vários países, dentro e fora da Cúria, Bergoglio teve de conquistar a opinião pública mundial para a urgência das reformas, segundo o programa desenhado na "Alegria do Evangelho", ritmado por gestos e palavras que o incarnem, sem banalizações que o degradem. Tem, por outo lado, de neutralizar as organizações, os movimentos e os cardeais que os protegem, a nível local e internacional, apostados em sabotar o seu projecto de trabalhar para fazer novas todas as coisas.

Muita gente está convencida de que não vai conseguir, pois as resistências organizadas e os programas de descrédito lançado sobre as suas iniciativas estão bem difundidos: Bergoglio vai acabar por se cansar e desanimar. Há conferências episcopais que resistem, fazendo de conta que não fazendo nada basta para esvaziar a euforia papal. Não é preciso nenhuma teoria da conspiração para observar esse panorama.

O diagnóstico cruel e frontal das 15 doenças do Vaticano mostra que o Papa Francisco quis fazer explodir a bomba que lhe armadilharam. Isto significa que Bergoglio procura ser simples como as pombas, mas astuto como as serpentes, mostrando que não anda a dormir.

A grande certeza é a sua determinação.

DÚVIDA: A incerteza é a saúde do Papa. Longe de mim pensar que o Papa possa realizar o seu projecto sozinho. Não pode, não quer, nem o deve desejar. Seria atraiçoar a sua esmerada teologia pastoral e a espiritualidade que bebe no Espírito de Cristo. Os seus gestos, atitudes e palavras exprimem uma teologia que não me canso de admirar.

Já em Portugal a situação mais grave é a apatia e indiferença da hierarquia a católica perante o programa em curso de destruição do país, a começar pela sua população. Como é possível, por outro lado, a impassibilidade perante a substituição dos mecanismos da justiça num Estado de Direito, pelos repetidos julgamentos nos grandes meios de comunicação social? A Igreja deixará de defender os direitos humanos e os correlativos deveres no tocante ao exercício da justiça? Os presos não têm direitos?

MÉDIA. Luís António Santos, professor da Universidade do Minho

CERTEZA: A certeza que se transporta de 2014 para 2015 é a substancial influência que capital identificado com Angola passou a ter no panorama mediático nacional. A mudança na gestão da Controlinveste (que passou a chamar-se Global Media) fechou – para já – um ciclo de investimentos estratégicos que toca um número muito significativo de títulos e que, se pensarmos na presença de Isabel dos Santos na PT, se alarga ainda a relevantes espaços 'online'. Não se sabe – nunca se soube – por que é tão grande este interesse dos investidores angolanos nos média nacionais, mas parece certo que, em ano eleitoral, essa "perda de soberania" precisará de ser acompanhada com atenção.

DÚVIDA: A dúvida que talvez não se esclareça ainda em 2015 – ano em que se assinala o 20º aniversário das primeiras experiências com jornalismo online – é a do "novo modelo de financiamento" para o jornalismo. Talvez não exista ou talvez não seja um só. Talvez sejam muitos e muito diferentes uns dos outros. E talvez assinalem, na pluralidade, um tempo de colapso efectivo para algumas empresas (grandes e pesadas) e um tempo de nascimento para outras."

ARQUITECTURA. Nuno Grande, arquitecto

CERTEZA: A abertura do Centro de Artes Nadir Afonso em Chaves, que é um projecto do arquitecto Álvaro Siza, e que tem um duplo significado. É uma obra de Álvaro Siza fora dos centros urbanos, uma descentralização da obra de um grande arquitecto, e representa um grande artista que é o Nadir Afonso. Parece-me uma obra muito significativa que junta dois vultos do século XX e do século XXI num único projecto.

DÚVIDA: A abertura do Museu dos Coches, em Lisboa, que é um pouco o contrário. É uma obra magnífica, mas que representa uma perspectiva mais centralista do uso da arquitectura. É um dos museus mais visitados do país e que ganha uma nova dimensão através do arquitecto Paulo Mendes da Rocha. E abre uma questão muito interessante: perceber quais são as vantagens do ponto de vista político e programático de abrir um novo museu dos Coches naquele espaço e naquele edifício. E perceber ainda qual a relação que terá o conteúdo, ou seja os coches, e as linhas austeras do edifício. É uma dúvida e a expectativa que tenho.

CULTURA. Mário Cláudio, escritor

CERTEZA: As grandes restrições na área cultural ir-se-ão manter. Tenho a certeza absoluta que, no que diz respeito aos dinheiros públicos, se vai reflectir no nosso quotidiano e vamos todos continuar muito tristes nesta área.

DÚVIDA: O centenário da publicação da revista "Orpheu" que decorre este ano e a comemoração do centenário da entrada de Portugal na Grande Guerra. Qualquer uma das situações será um acontecimento baço.

Não há muitos meios disponibilizados para assegurar essas comemorações, o que é uma pena. A "Orpheu" marcou a nossa vida cultural de uma forma indelével.

DESIGN. Guta Moura Guedes, presidente da experimentadesign

CERTEZA: A de que o Ano do Design Portugues 14/15, através do mapeamento que agora foi iniciado, vai contribuir para revelar muitos e novos valores do design nacional. E essa certeza vem do facto de termos estado a formar, nos últimos 15 anos, milhares de profissionais nesta área em escolas portuguesas, que são francamente boas. Vai ser útil para todo o país conhecer esta massa criativa e muito competente.

DÚVIDA: A Comunidade Europeia identificou o design como uma das principais áreas chave na Europa, essencialmente no que toca ao seu papel na área da inovação, no âmbito do quadro 20/20. Existem inclusivamente fundos especiais para este efeito. Tenho, no entanto, dúvidas que os diversos países e principais interlocutores nesta área estejam preparados para utilizar estas ferramentas financeiras e políticas e que o venham a fazer. Se não o fizerem é mais uma oportunidade perdida.

TECNOLOGIA. Francisco Almeida Lobo, CEO da Critical Manufacturing

CERTEZA: A ligação dos dispositivos à internet vai ser mais fácil e mais simples. Enquanto agora temos apenas computadores, ou 'tablets', dentro de muito pouco tempo vamos ter ligação aos outros dispositivos. O que é que isso quer dizer? Imaginamos esse avanço em bens de consumo como frigoríficos, mas temos outras aplicações na área industrial. Poderemos ter vários elementos da cadeia de produção ligados à internet de forma a conseguirem transmitir dados em tempo real de acordo com o que é pedido pelo cliente final. Há uma coisa que se chama "bring your own device" (traga o seu próprio dispositivo) que é uma área que ligada à indústria e que tem um grande campo para avanços.

DÚVIDA: Temos hoje várias tecnologias em casa todas ligadas ao mesmo dipositivo. Podemos ver o que aconteceu ontem ou há poucos dias, um filme "on-demand", estamos habituados a ver tudo isto quando queremos. Mas há uma dúvida essencial: saber se a estrutura existente consegue suportar a procura cada vez mais rápida deste tipo de conteúdo e que tem cada vez maior dimensão e maior qualidade. Há dúvidas sobre até que ponto há capacidade tecnológica de responder às necessidades cada vez maiores dos consumidores de uma quantidade de dados cada vez maior e em tempo real.

DESPORTO. Rui Costa, ex-campeão do mundo de ciclismo

CERTEZA: Para mim existirá uma grande confirmação que será o Rafael Reis devido ao que fez este ano, no Mundial de contra-relógio com um quarto lugar. Penso que com a humildade que tem o próximo ano pode ser excelente para ele. Confio que possa chegar a um título ou pelo menos lutar por um pódio.

DÚVIDA: O meu irmão, Mário Costa, vai sair de Portugal e é um passo sempre complicado. Ir para fora e correr com os melhores será difícil, mas vamos a ver. A adaptação é sempre complicada, mas ele tem tudo. Confio nele.







[Correcção: a notícia foi alterada no nome do autor do projecto do museu dos Coches, que por engano alheio ao autor da colaboração com a Renascença, o arquitecto Nuno Grande, estava erradamente nomeado como Palmeira da Rocha, quando o nome correcto é Paulo Mendes da Rocha].