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Amadora-Sintra procura médicos para urgências e paga 30 euros à hora

30 dez, 2014

Administração quer contratar seis clínicos para que a urgência fique assegurada, mas ainda não foi possível garantir este número.

O Governo admite pagar mais aos médicos que façam "urgências" no hospital Amadora-Sintra para fazer face ao aumento de afluência na passagem de ano, medida prevista em "situações excepcionais", disse à Lusa fonte do Ministério da Saúde.

A unidade foi autorizada a contratar dez médicos a empresas prestadoras de serviços, ou por ajuste directo, dada a proximidade da passagem de ano, tendo sido oferecido um pagamento de 30 euros por hora.

No entanto, o Ministério admitiu à agência Lusa que esse valor poderá ser aumentado caso continue a faltar médicos interessados em preencher os lugares durante aquela época festiva.

Segundo explicou fonte da tutela, a medida excepcional está contemplada num diploma que prevê que em situações consideradas como excepcionais, a tabela de pagamento pode ser aumentada. "A base é de 30 euros/hora e com este diploma o Ministério da Saúde poderá ir além da tabela normal de pagamento", frisou.

De acordo com a mesma fonte, "existem especialidades em que o número de profissionais é suficiente, mas em outras existe uma carência". Por outro lado, o facto de os médicos não serem obrigados a "fazer urgências" a partir dos 50 anos reforça o problema de não haver profissionais suficientes em alturas como o Natal e final de ano.

Durante a quadra natalícia, as esperas para atendimento nas urgências do hospital Amadora-Sintra ultrapassaram as 20 horas devido a um aumento da afluência aliado ao facto de o número de médicos estar diminuído por doença de alguns dos profissionais.

Numa altura em que o recurso às empresas prestadoras de serviços aumenta por parte de quem procura médicos, tanto nos hospitais privados como nos públicos, os profissionais da saúde optam pelo privado "onde são mais bem pagos", explicou a mesma fonte.

Fonte oficial do Hospital Fernando Fonseca (Amadora-Sintra) disse à agência Lusa que o objectivo principal é a contratação de seis médicos para que a urgência fique assegurada, mas que ainda não foi possível garantir este número.