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Bombeiros queixam-se da falta de informação sobre o ébola

15 out, 2014

Estes profissionais ainda não receberam qualquer indicação sobre o seu papel no plano de contingência.

Bombeiros queixam-se da falta de informação sobre o ébola
Os bombeiros querem mais esclarecimentos e medidas de protecção por causa da epidemia do ébola, o que levou a Liga solicitou uma reunião urgente à Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC).

Jaime Soares, o presidente da Liga dos Bombeiros, lamenta que estes profissionais - todos os dias na linha da frente no contacto com a população - não tenham recebido qualquer indicação sobre o seu papel no plano de contingência.

“Até hoje não tivemos nenhuma aproximação nem da Direcção-geral de Saúde, nem do INEM para acertarmos qual possa ser a melhor forma de os bombeiros intervirem em qualquer situação anómala”, disse à Renascença. O mesmo responsável considera ser fundamental dar informação, formação e protecção aos bombeiros, enquadrando-os no plano de contingência que já está em curso.

Também os Bombeiros Profissionais emitiram, esta quarta-feira, um comunicado dando conta do mesmo tipo de preocupações, criticando sobretudo o facto de os bombeiros desconhecerem por completo os procedimentos adequados em caso de risco.

Ainda por causa do ébola, os técnicos de emergência do INEM levantam dúvidas sobre o nível de preparação que lhes foi dado.

Durante uma concentração em Lisboa, que tinha como objectivo principal pedir melhores salários e horários, Carla Soares, uma das manifestantes, revelou à Renascença existirem poucos técnicos do INEM devidamente preparados: “Integrei a equipa do ébola, mas somos um grupo restrito de dez, 12 pessoas que recebeu formação específica sobre o ébola, mais ou menos há um mês. Ainda não temos conhecimento de mais nenhuma alteração à formação que tivemos”, disse.

O vírus já matou 4.447 pessoas de um total de 8.914 indivíduos infectados.

Em Portugal não há casos registados. Perante a evidência de sintomas suspeitos o doente deve ligar para a Linha Saúde 24 (808 24 24 24) e esperar que, se a situação for validada como suspeita, o INEM vá ao encontro do doente em causa.


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