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"Dia aberto" para detecção precoce de cancro da cabeça e pescoço

23 set, 2014

Todos os anos surgem entre 2.500 a 3.000 novos casos. Feridas na boca que não cicatrizem, alterações da voz, língua dorida ou com úlceras, rouquidão, nariz entupido e caroços no pescoço são alguns dos sintomas.

O Grupo de Estudos do Cancro de Cabeça e Pescoço promove quarta-feira, em Lisboa, um "dia aberto" à população. Vão ser realizados diagnósticos precoces por médicos especialistas.

A iniciativa decorre no âmbito da Segunda Semana Europeia para o Cancro da Cabeça e do Pescoço, que decorre até sexta-feira e visa alertar a população para os sintomas desta doença, disse Ana Castro, da direcção do grupo de estudos.

Feridas na boca que não cicatrizem, alterações da voz, língua dorida ou com úlceras, rouquidão persistente, nariz entupido, hemorragias nasais, dificuldade ao engolir e caroços no pescoço são alguns sintomas desta patologia.

Pessoas com factores de risco, como fumadores e alcoólicos, ou que apresentem sintomas da doença são convidados participarem no "dia aberto", que decorre a partir das 11h00 no jardim do Campo Grande, em Lisboa.

Ana Castro diz que continuam a aparecer "muitos doentes com diagnósticos muito avançados" desta doença, que muitos desconhecem. "É um tipo de patologia que habitualmente não se fala. Falamos do cancro da mama, do cancro do cólon, mas muitas pessoas nem sequer sabem do que estamos a falar quando mencionamos o cancro da cabeça e pescoço", adiantou.

Além do "dia aberto", o grupo de estudos promove durante esta semana várias acções, como a colocação de cartazes nos centros de saúde e hospitais, uma campanha de rua, com a distribuição de informação sobre a doença, sessões de esclarecimento nas escolas primárias e secundárias e a realização de um vídeo sobre a doença destinado às crianças.

Todos os anos surgem, em Portugal, entre 2.500 a 3.000 novos casos de cancro de cabeça e pescoço, uma doença que afecta maioritariamente pessoas a partir dos 40 anos, mas que tem vindo a atingir os mais jovens.

O consumo excessivo de tabaco e álcool são os principais factores de risco para o aparecimento desta doença.