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Emissão de gases com efeito de estufa bate recordes em 2013

09 set, 2014

É a maior subida dos últimos 30 anos. "Estamos a ficar sem tempo", avisa a Organização Meteorológica Mundial.

Emissão de gases com efeito de estufa bate recordes em 2013
No ano passado, o volume de dióxido de carbono chegou a 396 partes por milhão e nunca os oceanos apresentaram uma taxa de acidez tão elevada. Por dia, estão a absorver cerca de quatro quilos de CO2 por pessoa.

A concentração de gases de efeito estufa na atmosfera nunca foi tão elevada, alerta a Organização Meteorológica Mundial (OMM). Em 2013 registou-se a maior subida dos últimos 30 anos.

No ano passado, o volume de dióxido de carbono chegou a 396 partes por milhão e nunca os oceanos apresentaram uma taxa de acidez tão elevada. Por dia, estão a absorver cerca de quatro quilos de CO2 por pessoa.

“Sabemos, sem qualquer dúvida, que o nosso clima está a mudar e a ficar mais extremo devido a actividades humanas, nomeadamente a queima de combustíveis fósseis”, garantiu o secretário-geral da organização das Nações Unidas, Michel Jarraud.

Durante a apresentação do relatório anual lembrou que “as emissões passadas, presentes e futuras de dióxido de carbono terão um impacto cumulativo quer no aquecimento gloval, quer na acidificação dos oceanos”, acrescentando que “as leis da física não são negociáveis”.

“Estamos a ficar sem tempo. Alegar ignorância já não pode ser usado como desculpa para não agir”, afirmou Michel Jarraud, considerando que o mundo tem o conhecimento e as ferramentas necessárias para manter o aquecimento global em níveis que podem “dar ao planeta uma oportunidade e aos nossos filhos e netos... um futuro”.

Para Francisco Ferreira, da Quercus, estes dados representam o fracasso das políticas ambientais que resultam da falta de entendimento entre os países. O ambientalista defende medidas urgentes a concretizar até 2020. “Nos próximos anos, para não termos consequências dramáticas, devíamos começar a inverter o ritmo a que colocamos os gases com efeitos de estufa na atmosfera. Este é o problema mais grave com que estamos a lidar neste século”, alerta em declarações à Renascença.