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Sindicato regista "grande adesão" na greve de enfermeiros no Algarve

22 ago, 2014

Adesão de 100% no Hospital de Lagos e de 86% nos hospitais de Portimão e Faro.

O Sindicato dos Enfermeiros regista uma elevada adesão à greve em curso no Algarve, contra o que os profissionais dizem ser a falta de condições nos serviços e a escassez de trabalhadores.

“Durante o turno da noite, houve uma adesão de 100% no Hospital de Lagos e de 86% nos hospitais de Portimão e Faro”, disse a sindicalista Guadalupe Simões à Renascença.

A expectativa do sindicato é de que os valores“vão manter-se, nas três instituições, ao longo do dia”.

Guadalupe Simões descreve uma situação semelhante a um fim-de-semana nos hospitais algarvios, com poucos utentes a recorrer aos serviços e com muitas cirurgias adiadas.

Esta greve regista também a participação do Sindicato da Função Pública do Sul, cuja coordenadora Rosa Franco, dá conta de muitos serviços afectados.

“Temos serviços que estão com adesão a 100%, nomeadamente, a urgência. O bloco operatório e o serviço de radiologia só estão a funcionar para urgências e os internamentos só estão a funcionar com serviços mínimos”, disse a dirgente à Renascença.

Durante a tarde, enfermeiros e trabalhadores administrativos vão participar numa tribuna, em frente à Administração Regional de Saúde do Algarve, que pode ainda contar com a participação do Sindicato dos Médicos da Zona Sul.

Inicialmente, estava programada uma paralisação conjunta, tendo sido convocados também médicos e profissionais da função pública do Algarve, nomeadamente, pessoal administrativo e auxiliares de acção médica, mas o pré-aviso de greve não terá entrado atempadamente.

Durante as 24 horas da paralisação o atendimento por parte de enfermeiros vai estar condicionado na região, que, nesta altura, acolhe muitos portugueses, de outras paragens, em gozo de férias.