OMS pede a países afectados pelo ébola para monitorizarem viajantes

A Organização Mundial de Saúde (OMS) apela aos países afectados pelo vírus do ébola que intensifiquem o controlo das saídas, passando a monitorizar todos os viajantes.

De acordo com a autoridade de saúde das Nações Unidas, todos os aeroportos, portos marítimos e fronteiras devem ser controlados. O objectivo é tentar travar a propagação da doença.

Para a OMS, qualquer pessoa com sintomas não deve ser autorizada a viajar, excepto se a viagem for de evacuação médica.

Em comunicado, a organização reitera que o risco de contrair o vírus no avião é baixo, acrescentando não ser necessário impor, para já, restrições aos meios aéreos.

Na União Europeia, a FRONTEX – a Agência Europeia de Fronteiras decidiu suspender os voos de repatriamento de imigrantes indocumentados para a Nigéria, um dos países com casos confirmados do vírus.

O surto da doença surgiu no início de Março na Guiné Conacri e já fez 1.145 mortos, segundo a última actualização da Organização Mundial de Saúde. Serra Leoa, Libéria e Nigéria são os outros países africanos afectados pela epidemia.

Na Libéria, continuam a monte os 17 doentes infectados com ébola que conseguiram fugir de um centro de isolamento que foi atacado por homens armados no passado sábado.

O vírus transmite-se por contacto directo com o sangue e outros fluídos corporais ou tecidos de pessoas ou animais infectados. Ainda não há vacina conhecida para a doença, mas na segunda-feira a comissão de ética da OMS aprovou o uso de tratamentos experimentais, definindo como condições "uma transparência absoluta relativamente aos cuidados".


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