08 ago, 2014
Portugal criou um "dispositivo de coordenação" que está em alerta e "mobilizará e activará recursos que sejam adequados a cada situação" de infecção pelo vírus do ébola que venha a ser identificada, anunciou a Direcção Geral da Saúde (DGS).
Num comunicado publicado no seu "site", a propósito da declaração pela Organização Mundial de Saúde (OMS) do estado de emergência de saúde pública de âmbito internacional, devido ao surto de ébola, a DGS garante que ainda "não se verificou nenhum caso de doença por vírus ébola em Portugal, importado ou autóctone".
Viagens internacionais para os países de risco não estão proibidas, mas a DGS diz que “os cidadãos devem ponderar viajar apenas em situações essenciais, tendo em atenção o princípio da precaução”.
"O risco de contágio interpessoal é baixo na ausência de contacto directo com fluídos corporais", recorda este organismo.
A OMS considerou que "uma resposta internacional coordenada é essencial para controlar a epidemia e a sua disseminação", tendo emanado "recomendações temporárias ao abrigo do Regulamento Sanitário Internacional, destinadas a reduzir o risco de propagação internacional do vírus".
A Portugal, enquanto Estado sem ocorrências de transmissão do vírus e não estando exposto "a riscos ou que façam fronteira com países afectados", foram dadas orientações que "já se encontram implementadas" e que "são objecto de revisão contínua".
Entre estas orientações está "o reforço da articulação internacional, nomeadamente com a OMS, com o European Centre for Disease Prevention and Control (ECDC), em Estocolmo, e com outros Estados", indica a nota.
O último balanço oficial da OMS aponta para 961 mortos em 1779 casos confirmados da doença.
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