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Vinte desafios para melhorar alimentação dos portugueses

15 mai, 2014

Propostas de dietistas referem aumento do consumo de água, vegetais e peixe ou a redução de sal e açucares, mas vão além dos conselhos nutricionais e defendem a prática de exercício físico e a redução do desperdício alimentar.

Vinte desafios para melhorar alimentação dos portugueses
A Associação Portuguesa dos Dietistas lança, esta quinta-feira, 20 desafios a portugueses, instituições e empresas para melhorar a alimentação e os estilos de vida. O objectivo é contribuir para a diminuição das doenças crónicas.

As propostas referem o aumento do consumo de água, vegetais e peixe ou a redução de sal e açucares, mas vão além dos conselhos nutricionais e defendem a prática de exercício físico, a redução do desperdício alimentar, a identificação do risco nutricional nas instituições, a melhoria do sustento dos idosos ou a subida dos níveis de felicidade dos portugueses.

O Movimento2020, a decorrer nos próximos seis anos, é hoje apresentado pela Associação Portuguesa dos Dietistas (APD) e conta com a participação de parceiros, como autarquias, estabelecimentos de ensino, restauração e entidades públicas e governamentais, na área da Saúde e da Juventude.

A iniciativa "pretende movimentar a sociedade civil, o poder político, o sector social e cooperativo e o sector privado nas questões da saúde alimentar", um tema que envolve muitas áreas, disse à agência Lusa a presidente da Assembleia Geral da APD, Rute Borrego.

"Lançamos 20 desafios para serem monitorizados de dois em dois anos, cada um tem a sua explicação e [aponta] estratégias práticas" para o cidadão, a restauração, a indústria e os profissionais de saúde puderem concretizar os objectivos, explicou Rute Borrego.

Comer bem para evitar doenças crónicas ou degenerativas
A especialista referiu que os desafios, que estarão disponíveis em plataformas digitais, "abarcam áreas nutricionais, alimentos e nutrientes que sabemos estarem em excesso ou em défice na população portuguesa e têm impacto em termos de saúde pública, por estarem associados a doenças crónicas ou degenerativas" como diabetes, obesidade e cardiovasculares.

Algumas propostas estão associadas ao ciclo de vida, ou seja, "à importância de pensarmos a saúde alimentar adaptada à grávida, aos primeiros 36 meses de vida, às crianças, aos jovens e aos idosos", especificou Rute Borrego.

Um dos grupos alvo são as crianças e o programa pretende ensinar os mais novos a escolher alimentos num supermercado, a ler os rótulos e a preparar os alimentos.

Outros desafios mais globais integram a redução do desperdício alimentar, o crescimento do consumo de produtos portugueses e a questão da actividade e exercício físico e das consultas de dietética e nutrição nos cuidados de saúde primários.