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Faltam medicamentos para problemas neurológicos nas farmácias

24 mar, 2014

Associação Nacional de Farmácias defende que a solução é o Ministério da Saúde rever os preços em alta, de modo a incentivar a indústria a vender os fármacos em falta.

Há 716 medicamentos em ruptura de stock nas farmácias e 43 não têm qualquer alternativa terapêutica. A notícia é avançada esta segunda-feira pelo “Jornal de Notícias”, segundo o qual os medicamentos em falta destinam-se, sobretudo, a doentes com problemas neurológicos.

Em causa estão antipsicóticos, antiepilépticos, heparinas e dopaminométicos, usados no tratamento da doença de Parkinson. Do lote fazem também parte medicamentos para a disfunção eréctil.

Segundo o jornal, a solução passa por importar lotes de outros fornecedores, mas a importação nem sempre é conseguida.

Contactado pela Renascença, o Ministério da Saúde reconhece o problema, garantindo que a questão está relacionada com o baixo preço daqueles medicamentos que, por isso mesmo, não interessam à indústria farmacêutica comercializar.

Na mesma linha, o presidente da Associação Nacional de Farmácias (ANF) defende que a melhor solução é a tutela rever os preços, de modo a incentivar a sua venda.

A ANF considera, por outro lado, que o fenómeno da falta de medicamentos nas farmácias “não tem tendência para agravar”.

[notícia actualizada às 12h27]