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Demora de dois anos na aprovação de medicamento tornou-o obsoleto

07 fev, 2014

Comissão Parlamentar de Saúde apela à rápida aprovação de um novo medicamento para a hepatite.

A Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed) e o Ministério da Saúde demoraram dois anos a aprovar um fármaco para o tratamento para a hepatite C que, agora, está ultrapassado. O alerta parte de várias entidades, entre elas a Associação SOS Hepatite.

A comissão parlamentar de Saúde dá voz às preocupações e apela ao Governo que aprove, com urgência, o novo medicamento inovador já disponível para o tratamento da doença.

A deputada socialista Antónia Almeida Santos reconhece o peso do custo destes medicamentos no orçamento do Ministério de Paulo Macedo, mas apela ao ministro que aprove o novo fármaco no prazo legal de três meses.

“Estamos atentos, no fundo, para saber se o Governo vai aprovar no prazo legal (três meses). O último demorou dois anos e meio a ser aprovado. Estamos a falar de tratamentos que têm um peso enorme no orçamento da Saúde, mas, seja como for, há um prazo legal”, afirma.

Mas o secretário de Estado da Saúde, Leal da Costa, responde que é preciso seguir as leis previstas para estes casos: “Em primeiro lugar o cumprimento de um processo de avaliação fármaco-económica, que está previsto na lei, num diploma feito pelo Governo anterior, bem feito, que determina que todos os medicamentos que são introduzidos no Serviço Nacional de Saúde sejam avaliados, como acontece em muitos países. Terminada essa avaliação o Estado português tentará encontrar aquele que é o preço mais vantajoso para os doentes, de forma que o medicamento possa ser introduzido.”

[Notícia actualizada às 16h38]