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Estudo diz que cigarros electrónicos podem ajudar a deixar de fumar

09 set, 2013

Por outro lado, a Organização Mundial de Saúde (OMS) desaconselha o uso de cigarros electrónicos pelo menos até que um órgão regulador competente verifique a sua eficácia, segurança e qualidade.

O acto de fumar um cigarro electrónico pode ser "tão seguro e eficaz" como colocar um penso de nicotina para ajudar a deixar de fumar, de acordo com o primeiro estudo realizado por clínicos a comparar os dois produtos.

O estudo, publicado na revista científica "The Lancet" e apresentado em Barcelona, garante que uma em cada 20 pessoas que usou pensos de nicotina ou cigarros electrónicos conseguiu deixar de fumar. O trabalho mostra também que aqueles que usaram apenas cigarros electrónicos eram mais propensos a conseguir reduzir para metade o consumo de cigarros normais, mesmo que não tenham deixado de fumar completamente.

O ensaio clínico, feito a 657 pessoas, não é suficientemente grande para permitir conclusões definitivas sobre se os cigarros electrónicos são melhores que os pensos de nicotina, afirmam os investigadores.

O que dizem as autoridades?
A Organização Mundial de Saúde (OMS) desaconselha o uso de cigarros electrónico, pelo menos até que um órgão regulador competente verifique a sua eficácia, segurança e qualidade. Num artigo publicado em Julho, a OMS recomenda "fortemente" se informe os consumidores de que não foi ainda cientificamente comprovada a utilidade do cigarro electrónico, e, portanto, não deve ser utilizado.

Já o Infarmed, que é a autoridade portuguesa do medicamento, publicou em 2011 um nota informativa onde "desaconselha a utilização deste tipo de produtos, por não ser possível assegurar a sua qualidade, segurança e eficácia/desempenho".

"Tal como o cigarro convencional, o uso de cigarros electrónicos pode induzir dependência, independentemente da quantidade de nicotina dispensada", diz a nota do Infarmed.