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Novo plano de saúde infantil e juvenil aposta em mais consultas

01 jun, 2013 • Filomena Barros

O novo plano determina depois consulta no centro de saúde aos 12/13 anos, neste caso também para avaliar a entrada num novo ciclo da escola e o início da adolescência. Mais tarde, entre os 15 e os 18 anos, está prevista consulta, para avaliar a adaptação ao meio social e familiar.  

Neste dia mundial da criança é apresentado o novo Plano Nacional de Saúde Infantil e Juvenil.

As alterações passam por um maior número de consultas e pela sua ligação directa ao percurso escolar.

De 17 para 18 consultas desde que a criança nasce até atingir a idade adulta, a alteração começa a notar-se na altura em que se prepara a entrada na escola. A consulta é antecipada para os cinco anos: “A consulta dos 6 ou 7 anos era em cima do acontecimento, assim temos um ano para avaliar se a criança já adquiriu as competências a nível da visão, audição, desenvolvimento global e emocional”.

Barbara Menezes, coordenadora do Programa Nacional de Saúde Infantil e Juvenil da Direcção Geral da Saúde, explica que é preciso acompanhar melhor a criança e o seu percurso escolar.

Por isso, depois dos 5 anos, há nova consulta aos 6/7 anos de idade, no final do primeiro ano de escolaridade, aos 10 anos, para coincidir com o plano nacional de vacinação, mas também porque nesta altura há mudança de ciclo de ensino e a entrada na puberdade.

O novo plano determina depois consulta no centro de saúde aos 12/13 anos, neste caso também para avaliar a entrada num novo ciclo da escola e o início da adolescência.

Mais tarde, entre os 15 e os 18 anos, está prevista consulta, para avaliar a adaptação ao meio social e familiar.

O novo plano de saúde aposta ainda em novas problemáticas, refere a enfermeira Barbara Menezes: “Nas questões relacionadas com o desenvolvimento infantil, as perturbações emocionais e do comportamento e detecção do risco de maus tratos. Na verdade estas são as grandes problemáticas hoje em dia da saúde da criança e dos jovens”.

O novo plano nacional de saúde infantil e juvenil vai também mudar as curvas padrão de crescimento, que avaliam o percentil das crianças, deixando as regras americanas, e adoptando as da Organização Mundial de Saúde, mais adaptadas à população portuguesa.

Mas há mais novidades, já na segunda-feira os pais dos bebés nascidos no Centro Hospitalar de Aveiro podem optar por um boletim de Saúde Digital, o e-boletim é facultativo e vai chegar progressivamente a todo o país.

Os bebés passam a nascer logo utentes do Serviço Nacional de Saúde e a notícia de nascimento chega online ao centro de saúde correspondente.