Tempo
|

Portugal entra no telescópio europeu extremamente grande

10 mai, 2013 • André Rodrigues

Em entrevista à Renascença, o director do Centro de Astronomia e Astrofísica da Universidade de Lisboa considera a entrada de Portugal neste projecto essencial para a investigação e para as empresas de alta tecnologia.

Portugal entra no telescópio europeu extremamente grande

Portugal entra na construção do maior telescópio do mundo. A informação foi confirmada, em comunicado, pelo ministério da Educação e Ciência.

O E-ELT, traduzido à letra telescópio europeu extremamente grande, terá 40 metros de diâmetro e capacidade para medir com precisão as propriedades das primeiras galáxias e das estrelas. O objectivo é desvendar os mistérios em torno das origens do Universo.

Em entrevista à Renascença, o director do Centro de Astronomia e Astrofísica da Universidade de Lisboa considera a entrada de Portugal neste projecto essencial para a investigação e para as empresas de alta tecnologia.

José Afonso afirma que “o E-ELT é um dos próximos marcos para a astronomia e astrofísica” e vai ser “o maior telescópio óptico do planeta”. Vai servir para estudar, por exemplo, as atmosferas de planetas fora do sistema solar e outras galáxias muito distantes, com um maior nível de detalhe.

"Questões da origem dos planetas, da origem das galáxias, da evolução do universo, poderão ser compreendidas a uma escala completamente diferente quando o E-ELT estiver em funcionamento", explica o director do Centro de Astronomia e Astrofísica da Universidade de Lisboa.

O E-ELT, o maior telescópio do mundo, vai ficar instalado no deserto do Atacama, no Chile, e  deverá ser inaugurado em 2023.

O telescópio europeu extremamente grande custará mais de mil milhões de euros. Portugal entra com uma contribuição de 5,1 milhões de euros.