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Utilizadores da Saúde 24 podem deixar de pagar taxas moderadoras

26 abr, 2013

Plano estratégico do Governo para os próximos três anos prevê ainda baixar o número de cesarianas e a média de dias de internamento.

O Ministério da Saúde está a estudar a redução – ou até mesmo eliminação – do pagamento das taxas moderadoras nas urgências hospitalares aos utentes que tenham ligado primeiro para a Linha Saúde 24.

A informação está na capa do “Diário de Notícias” desta sexta-feira, segundo o qual o documento já foi enviado aos hospitais pela administração central do sistema de saúde.

A ideia do Ministério da Saúde é retirar doentes às urgências e inclui outras regras, como reforçar o número de médicos nos horários mais concorridos e nos dias de maior afluxo – por exemplo, à segunda-feira.

Outra medida prevista no âmbito da actividade hospitalar é reduzir o número de cesarianas e passar da actual taxa de 30% para, no máximo, 25% em 2016.

Outras metas definidas no plano estratégico do Governo para os próximos três anos é baixar a média dos dias de internamento. Prevê-se ainda que, nos próximos anos, sejam feitas mais 100 mil novas operações e no tempo adequado.


Isenção devida também a quem vai primeiro ao médico
O antigo secretário de Estado da Saúde socialista Manuel Pizarro considera que o Governo deve estender a medida de isentar quem vai às urgências através da Linha Saúde 24 a quem se dirige, em primeiro lugar, ao médico de família.

“Seria inacreditável que o Governo isentasse de taxas moderadoras quem liga para a linha de atendimento nacional e não isentasse quem vai antes ao médico de família e é enviado pelo médico de família ao hospital”, defende, em declarações à Renascença.

“Julgo que, apesar de tudo, o aumento do contacto das pessoas será suportável pela Linha. Espero que isso esteja devidamente acautelado, até porque a última informação que houve sobre a contratação da Linha era que o Tribunal de Contas tinha chumbado o contrato que o Ministério da Saúde tinha realizado com uma empresa para assegurar a gestão da Linha”, acrescenta.

Contactado pela Renascença, o Ministério de Paulo Macedo não comenta a informação do “Diário de Notícias”.