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Serralves é uma "boa parceria público-privada"

22 fev, 2013 • André Rodrigues

Estudo de impacto económico da Fundação de Serralves conclui que, em 2010, a actividade daquele complexo cultural gerou um impacto global sobre o PIB de 40,56 milhões de euros e contribuiu para criar cerca de 1.300 postos de trabalho.

Serralves é o exemplo de uma boa parceria público-privada, defende o eurodeputado Paulo Rangel. O social-democrata aproveitou a presença do secretário de estado adjunto do primeiro-ministro, Carlos Moedas, na apresentação do estudo de impacto económico de Serralves, para contestar os cortes nas fundações que geram valor.

“A primeira ideia com que eu fiquei é que, afinal, há parcerias público-privadas boas. Não deviam ser essas a levar os cortes, deviam ser as outras”, argumenta Paulo Rangel.

Já para Diogo Feio, eurodeputado do CDS-PP, o Porto e o Norte têm muito a aprender com a experiência de Serralves.

“Serralves tem uma dinâmica muito maior do que a região em que se insere e deve há ver um pensamento estruturado sobre aquilo que queremos para o Porto e para a região em que se insere, até porque casos como Serralves são elementos essenciais da nossa soberania e da nossa identidade”, destaca Diogo Feio.

Quanto ao retorno económico da cultura, Paulo Rangel pede mais vigor ao Governo no diálogo com as instâncias comunitárias e deixa outro recado: “Para a região Norte um aeroporto é fundamental, o porto de Leixões é fundamental”.

O secretário de estado adjunto do primeiro-ministro ouviu e registou. Carlos Moedas defende que economia e cultura partilham uma esfera comum.

“Este tipo de indicadores quantitativos torna mais tangível algo que temos obrigação de saber: que a cultura tem valor económico, cria emprego e gera riqueza”, sustenta.

O estudo de impacto económico da Fundação de Serralves conclui que, em 2010, a actividade daquele complexo cultural gerou um impacto global sobre o PIB de 40,56 milhões de euros e contribuiu para criar cerca de 1.300 postos de trabalho.