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Sintra

Museu do Ar reabre com muitas novidades

29 jun, 2012

Avião Dakota DC3 é uma das "jóias da coroa".

O Dakota DC3 deu os primeiros passos da aviação civil portuguesa há 70 anos, com viagens que demoravam dez dias entre Lisboa e Moçambique e hoje é uma das aeronaves em exposição no Museu do Ar, em Sintra, que reabre na sexta-feira. 
 
Encerrado em Novembro do ano passado para obras de renovação, o museu sediado na Base Aérea n.º 1, em Pêro Pinheiro, é considerado o guardião da memória da aviação civil e militar portuguesa. Vai reabrir com mais dez aeronaves em exposição e novas salas.  
 
Segundo o conservador do museu, Mário Correia, além do Dakota DC3, um avião que marca o início da circulação da TAP, na década de 40 do século XX, estarão ainda em exposição um T6 Harvard, o biplano XIV Bis, de Santos Dumot, um Avro 631 e um D.H. Hornet. 
 
"São peças muito raras e pertencem à memória tecnológica do seculo XX: Julgo que apenas há um ou dois Avro 631 no mundo. A aviação é talvez o saber do Homem mais visível do século passado, pois resume saberes como a matemática, a física, o design e outros", disse. 
 
Outra das novidades do renovado Museu do Ar passa pela inauguração da sala Pioneiros, onde estarão em exposição objectos relacionados com aviadores que contribuíram até à década de 40 do século XX para o progresso da aviação no nosso país. 
 
O Museu do Ar recebeu 29 mil visitas em 2011 e tem também uma biblioteca com 5000 títulos, disponível para consulta do público. 
 
Patrocinada pela autarquia de Sintra, outra das novas salas, a multimédia, consiste num auditório com capacidade para 50 lugares, cujos bancos pertencem a um antigo Boeing. A Câmara de Sintra cedeu ainda uma réplica das asas voadoras desenhadas pelo italiano Leonardo Da Vinci no século XV. 
 
De acordo com o major da Força Aérea, Pedro Mineiro, o museu tem contado com o apoio de várias pessoas, muitas delas entusiastas da aviação, que têm contribuído com a recuperação e doação de peças.  
 
 "O museu funciona através de mecenato, a nível da recuperação de peças e também da própria recuperação do espaço que fizemos agora. Foi tudo construído com base em apoios", disse o major à agência Lusa. 
 
O Museu do Ar reabre ao público na sexta-feira, numa iniciativa inserida na celebração dos 60 anos da Força Aérea Portuguesa. A entrada é livre até domingo.