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Teatro na "terra de ninguém"

26 jun, 2015

Peça "Novas Directrizes em Tempos de Paz" decorre no final da II Guerra Mundial, mas constrói pontes com a crise da imigração que se vive actualmente.

Teatro na "terra de ninguém"

A questão das fronteiras e da imigração, que está a marcar a actualidade, é levada à cena no palco do Teatro Municipal Amélia Rey Colaço, em Algés.              

A Companhia de Actores está a representar a peça "Novas Directrizes em Tempos de Paz", que aborda a questão da imigração, mas noutro tempo.

O actor Pedro Giestas é Clausewitz, um migrante polaco que decide tentar a sorte no Brasil governado por Getúlio Vargas, em finais da II Guerra Mundial.

O cenário da peça "Novas Directrizes em Tempos de Paz" é uma zona de fronteira, uma “espécie de terra de ninguém”, em que “ainda não se entrou no país, mas já se está longe da origem”, explica Pedro Giestas.

Tiago Fernandes interpreta o papel de Segismundo, um oficial de alfândega que não mostra muita vontade em deixar o imigrante polaco entrar.

Nesta peça escrita por Bosco Brasil e que conta com encenação de António Terra, há pontes com a crise da imigração que se vive actualmente.

“A fuga aos conflitos… Nós hoje temos mais refugiados espalhados pelo mundo do que tínhamos há uns anos. Eu acho que continua [actual] esta questão das fronteiras, da imigração, a forma como os imigrantes são tratados, a forma como ora são bem-vindos, ora não são, dependo das conjunturas”, sublinha Pedro Giestas.  

A peça vai estar em cena até 18 de Julho, de quinta-feira a sábado, no Teatro Municipal Amélia Rey Colaço, em Algés.