Emissão Renascença | Ouvir Online

Morreu “grande cisne” do ballet clássico

02 mai, 2015

Maya Plisetskaya começou a dançar aos três anos e vivia na Alemanha.

Morreu “grande cisne” do ballet clássico

A bailarina e coreógrafa russa Maya Plisetskaya, considerada uma das referências da dança do século XX, morreu em Munique, aos 89 anos, em consequência de um ataque cardíaco, revelou o director do Teatro Bolshoi.

Maya Plisetskaya nasceu em Moscovo em 1925, começou a dançar com três anos de idade. Aos nove anos ingressou no Bolshoi Ballet School e aos 18 anos foi eleita primeira bailarina daquele teatro.

Considerada a criadora de algumas das inovações coreográficas e interpretativas mais importantes das últimas décadas, Maya Plisetskaya dançou durante 50 anos, sendo "A morte do cisne", "Bela Adormecida" e uma versão moderna para "Bolero", de Ravel, algumas das interpretações mais memoráveis.

Yury Grigorovich, Roland Petit e Alberto Alonso foram alguns dos coreógrafos que criaram coreografias para Maya Plisetskaya.No dia em que fez 70 anos, em 1995, a bailarina estreou a coreografia "Ave Maya", que Maurice Béjart criou para ela.

Oriunda de uma família judia, o pai foi morto pelo regime de Estaline em 1938 e a mãe foi enviada para trabalhos forçados no Cazaquistão, acusada de traição à União Soviética.

Nos anos 90, Maya Plisetskaya obteve nacionalidade espanhola depois de ter dirigido o Ballet Clássico Nacional de Espanha. Em 2005 foi distinguida com o Prémio Príncipe das Astúrias das Artes de Espanha.

Antes, a bailarina tinha sido directora artística do Ballet Ópera de Roma. Em 1994 fundou o Ballet Imperial Russo.

Maya Plisetskaya vivia na Alemanha desde a década de 1990 e era casada com o compositor Rodion Shchedrin.