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Jornalista investiga mistério do navio “Angoche” mais de 40 anos depois

24 abr, 2015

Embarcação portuguesa, carregada de armamento, desapareceu ao largo de Moçambique a 23 de Abril de 1971. Foi encontrada três dias depois, em chamas, não havendo sinal da tripulação.

O jornalista e escritor Rui Araújo investiga o caso do navio português “Angoche” que há 44 anos desapareceu ao largo de Moçambique, carregada de armamento.

Em declarações à Renascença, Rui Araújo descreve os factos conhecidos: “O navio parte do porto de Nacala, cerca das 17h00, numa sexta-feira, com destino a Porto Amélia onde nunca chegou. Acaba por ser encontrado, em chamas, por um petroleiro e a tripulação apenas detecta a presença de um cão e de um gato a bordo. Os 23 tripulantes do ‘Angoche’, esses, desapareceram”.

As especulações em torno do caso são muitas, incluindo um suposto envolvimento da Frelimo, de movimentos próximos do Partido Comunista Português e, até, da Marinha soviética. Algumas teses sugerem que a tripulação foi levada para a Tanzânia, onde teria sido assassinada.

Até hoje ninguém reivindicou o ataque e, no essencial, o mistério continua por desvendar. Perante as dúvidas e especulações, Rui Araújo decidiu investigar o caso, começando por reunir documentos.

“São 10 mil folhas de origens várias, entre os quais os serviços de informações, do Estado português, da polícia”, descreve. O escritor acredita que o seu livro poderá fornecer algumas respostas.