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Hospitais tratam e operam cada vez mais doentes de cancro

28 nov, 2014 • Anabela Góis com Lusa

Os cancros mais frequentes são so da mama feminina, do cólon e do pulmão. Cada vez mais doentes optam por alternativas à quimioterapia endovenosa.

A produção dos hospitais portugueses no tratamento de doentes oncológicos aumentou mais de 11% nos últimos cinco anos, com mais terapias, medicamentos e cirurgias, segundo o relatório do Programa Nacional para as Doenças Oncológicas (PNDO) "Portugal - Doenças oncológicas em números 2014", divulgado esta sexta-feira.
 
No ano passado, registaram-se 120.463 episódios de assistência hospitalar por doente (em 2012 foram 117.561).

Apesar do aumento de 6,1% de 2012 para 2013 dos números da cirurgia oncológica, 15,3% dos doentes tiveram que esperar mais do que o Tempo Máximo de Resposta Garantido (TMRG), revela o documento apresentado esta sexta-feira em Lisboa.

Em média, cada doente ficou internado 14,66 dias em 2013 (14,89 dias no ano anterior).

No que se refere aos cancros mais frequentes, o relatório da Direcção-geral da Saúde destaca um aumento progressivo dos tumores da mama feminina, do cólon e do pulmão.

No diz respeito ao cancro da mama, o relatório indica que o aumento dos programas de rastreio significou num aumento do número de mulheres tratadas. O mesmo aconteceu relativamente ao cancro da próstata.

Para sessões de radioterapia, foram admitidos no ano passado 414.344 utentes, mais do que em 2009 (337.812).

Contudo, o relatório dá conta de que o número de admissões hospitalares para tratamentos com quimioterapia diminuiu e que o tratamento tem sido substituído por medicamentos que não obrigam ao internamento como a administração oral: a quimioterapia oral aumentou 2%.

O relatório avança também que houve uma diminuição dos gastos com medicamentos devido à redução dos preços e ainda que se registou uma pequena redução na taxa de mortalidade padronizada por tumores malignos, tanto na população global como no grupo etário inferior a 65 anos.

Por último, e apesar de ter começado apenas em Março, o projecto de intervenção precoce no cancro oral já tem resultados. Dos 251 cheques biópsia emitido, foram usados 205, que resultaram em 12 detecções precoces.