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Antiga moagem vira Museu da Farinha de Santiago do Cacém

20 nov, 2014 • Rosário Silva

Museu vai divulgar a temática do ciclo do pão e realçar o saber fazer.

Antiga moagem vira Museu da Farinha de Santiago do Cacém
Antiga moagem vira Museu da Farinha de Santiago do Cacém

Uma antiga moagem de Santiago do Cacém, um edifício de 1925, foi transformada no Museu da Farinha.

Foi um sonho tornado realidade, "só possível com muito boa vontade", diz o presidente da União de Freguesias de São Domingos e Vale de Água, Joaquim Gonçalves.

O local "será de referência" no município do litoral alentejano, garante o autarca. O projecto iniciou-se há cinco anos, com o empenho da família Mateus Vilhena, proprietária da antiga fábrica.

"Foi um projecto na ordem dos 180 mil euros, com uma comparticipação pública de 107 mil euros. O financiamento foi para obras, recuperação das peças e algumas publicações e material promocional", explica Maria João Pereira, coordenadora geral da Associação de Desenvolvimento do Litoral Alentejano (ADL).

Maria João Pereira destaca a importância do novo espaço em duas vertentes: "Por um lado, recupera um edifício que era a fábrica da moagem, que, no fundo, é património rural que estamos a recuperar; por outro lado, permite divulgar a temática do ciclo do pão e realçar o saber fazer, a recuperação de uma tradição, dando a conhecer aos mais novos e também aos turistas."

Construída em 1925, a fábrica de moagem de José Mateus Vilhena é constituída por equipamentos construídos em madeira. Na moagem todo o movimento era feito por correias de transmissão, ligadas a quatro eixos horizontais, com vários tambores de diferentes dimensões, que recebiam o movimento de um motor a gasóleo.

Apesar de inactiva, toda a maquinaria está em bom estado de conservação. Todo o edifício mantém-se na sua forma original e, se necessário, pronto a laborar.