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"Mana, solta a gata". A escrita de Adília Lopes em palco

29 out, 2014

O Teatro do Bairro, em Lisboa, apresenta a peça como "um musical híper-realista". Estreia esta quarta-feira.

"Mana, solta a gata". A escrita de Adília Lopes em palco
O espectáculo "Mana, solta a gata", a partir do universo literário de Adília Lopes, é "mais uma coreografia que um musical", disse à agência Lusa o encenador António Pires, também responsável pela adaptação, dramaturgia e concepção cénica.

"Mana, solta a gata" estreia-se esta quarta-feira, no Teatro do Bairro, em Lisboa, que o apresenta como "um musical híper-realista", que aqui surge como “uma opção de estilizar e amplificar o real, daí as duas personagens femininas serem homens", afirmou.

A peça usa as "palavras do quotidiano", que Adília Lopes transforma em literatura, dá corpo a esse ambiente de solidão, de uma pessoa "que não tem lugar neste mundo como o conhecemos", "de consumo", e evoca a fisicalidade presente nos quadros de Paula Rego, explica o encenador.

"As palavras da Adília Lopes são muito do quotidiano, quase pouco dignas para serem chamadas de literatura, mas ela ao estilizar, torna-as literatura; e há o que não se diz, que não está escrito, e que é o mais importante, que é o ambiente", realçou.

O elenco é constituído por Hugo Amaro, João Araújo e Rafael Fonseca. Os figurinos são de Luís Mesquita e o desenho de luz de Vasco Letria.