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Uma nova visão de Picasso

25 out, 2014

A partir deste sábado, é possível rever "a maior colecção pública mundial da obra de Picasso", que inclui obras antes vedadas ao público.

Uma nova visão de Picasso
O Museu Picasso, em Paris, reabre este sábado ao público cinco anos após o encerramento, na data em que se assinala o aniversário do nascimento do pintor. “O objectivo não é sermos um templo de turistas", mas sim expor "uma nova visão de Picasso", disse à Lusa uma das conservadoras do museu.
 
"Queremos associar os dois aspectos: receber os turistas e mostrar as obras-primas, mas também apresentar uma visão nova sobre Picasso, ao valorizarmos actividades menos conhecidas, como as ilustrações de livros, por exemplo”, disse Laure Collignon.

Cinco anos após ter fechado portas e depois de ter passado três anos de obras de renovação e restauro, o resultado - assinado pelo arquitecto francês Jean-François Bodin - é o reaproveitamento de todos os espaços da mansão seiscentista e a ampliação da superfície de exposição de 1600 metros quadrados para mais do dobro, com os novos 3800 metros quadrados.

São exibidas 378 obras de forma cronológica e temática, ao longo de três percursos de visita, que incluem espaços antes vedados ao público, como as caves abobadadas e o sótão onde é apresentada a colecção pessoal do pintor, sendo as suas próprias telas confrontadas com as obras que ele foi adquirindo.

A conservadora responsável pelos arquivos, biblioteca e documentação do museu disse que há, ainda, muitas surpresas no imenso arquivo de 4755 obras, entre as 4090 gravuras, 297 pinturas e 368 esculturas que compõem o acervo, constituindo "a maior colecção pública mundial da obra de Picasso".