Em busca das raízes transmontanas de Jorge Luís Borges
17 set, 2014 • Olímpia Mairos
Francisco Borges saiu de Torre de Moncorvo, em 1850, integrado numa expedição militar portuguesa rumo à América do Sul, e ficou pela Argentina. Há quem tenha "a certeza" de que se trata do bisavô do escritor argentino.
A Câmara de Torre de Moncorvo e a Embaixada da Argentina em Portugal deram as mãos para estudar as “mais que prováveis” raízes transmontanas do escritor argentino Jorge Luís Borges.
O trabalho será desenvolvido em parceria com a Universidade Nacional San Martin, da Argentina, e prevê a realização de um estudo genealógico que culminará com um documentário.
Segundo o embaixador argentino em Lisboa, Jorge Arguello, a investigação genealógica “vai percorrer cerca de 200 anos de história, até se chegar às raízes transmontanas de Jorge Luís Borges”, um dos mais importantes escritores argentinos e da literatura universal, que nasceu em Buenos Aires, a 24 de agosto de 1899.
“Dentro em breve, a universidade argentina vai enviar uma equipa de filmagens, tendo em vista seguir o rasto do bisavô de Jorge Luís Borges”, adianta o embaixador.
Maior aproximação entre Portugal e a Argentina
Aquele que se suspeita ser o bisavô do escritor argentino chamava-se Francisco Borges e saiu de Torre de Moncorvo, rumo à América do Sul, em 1850, rintegrado numa expedição militar portuguesa que atracou na região do Rio de la Plata. Esse Borges nunca regressou a Portugal.
“Temos a certeza que Jorge Luís Borges é bisneto de Francisco Borges. Não estamos é certos das circunstâncias do nascimento de Francisco Borges”, sublinha o diplomata.
O estudo que agoraarranca serve também para aproximar os dois países, uma vez que na Aargentina "vivem mais de 65 mil portugueses”.
“Precisamos de elevar o grau de intercâmbio entre Portugal e a Argentina”, defende Jorge Arguello.