Santarém ganha museu e há uma cantata para o celebrar

É o primeiro museu criado no âmbito do projecto "Rota das Catedrais": o Museu Diocesano de Santarém é inaugurado esta sexta-feira.

A criação do museu, um sonho de 20 anos, faz parte de um projecto maior, que abrange também o restauro da Catedral de Santarém e a recuperação do património móvel.

O museu – fruto de um investimento de 1,7 milhões de euros – vai expor peças que fazem parte do espólio da catedral e da diocese de Santarém. "Temos património que vai desde o século XIII até aos dias de hoje", especifica o director do museu, padre Joaquim Ganhão.

O espaço vai ter em exposição permanente cerca de 150 peças de um total de 300 que foram alvo de reabilitação.

Joaquim Ganhão destaca o "retábulo da velha Igreja da Misericórdia de Tancos, que estava praticamente desaparecido e foi uma das recuperações mais fortes e significativas".

O visitante poderá descarregar as informações detalhadas de cada peça no seu "tablet".

Uma cantata para 72
Para assinalar a inauguração do museu, foi concebida a obra "Cantata Mundi", que terá estreia mundial esta sexta-feira, às 18h00, na Catedral de Santarém. Será interpretada por 72 pessoas.

"Da autoria de Rui Baeta (cantor lírico e compositor) e Ana Margarida Encarnação (compositora), responsáveis pela seleção dos temas, arranjos, orquestração e composição, a 'Cantata Mundi' confere aos temas de Rodrigo Leão uma sonoridade diferente, mais clássica, solene e até celestial", explica o Museu Diocesano de Santarém, em comunicado.

A entrada para o concerto é gratuita. Quem não puder entrar na catedral por falta de espaço, poderá acompanhar na rua a cerimónia.

Depois da estreia, a "Cantata Mundi" deverá partir em digressão, no âmbito da "Rota das Catedrais".