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Intercéltico de Sendim. A "ousadia" que se tornou uma "referência folk"

29 jul, 2014 • Olímpia Mairos

A 15ª edição do Festival Intercéltico de Sendim arranca sexta-feira e prolonga-se até domingo.

Intercéltico de Sendim. A "ousadia" que se tornou uma "referência folk"

Está tudo preparado no planalto mirandês para o Festival Intercéltico de Sendim. A 15ª edição do Festival Intercéltico de Sendim arranca sexta-feira e prolonga-se até domingo.

A iniciativa, que nasceu em 2000, tem vindo a consolidar-se e aliciar cada vez mais público, vindo das grandes cidades (como Lisboa, Porto, Coimbra e Braga) e da região da Beira Interior.

Nesta 15ª edição, o Intercéltico assume-se como uma “referência folk” no país.

“Há 15 anos parecia ser uma ousadia um pouco louca, dado que se tratava de fazer um festival de música numa zona de difícil acesso, mal conhecida, com condições muito precárias para receber as pessoas”, diz Mário Correia, director do festival.

Mas a “ousadia” transformou-se “numa referência, na zona transfronteiriça do Norte de Portugal e Castela, no que respeita à música folk”.

“Foi uma loucura muito saudável”, admite o mentor do festival. “As pessoas acreditaram, fidelizaram-se ao festival e vêm desfrutar da terra, das paisagens, das gentes, da cultura e do espírito de aventura”.

No palco e nas ruas
O festival arranca este ano na cidade de Miranda do Douro, com as actuações dos escoceses Calum Stewart & Heikki Bourgault e dos portugueses Ginga.

No segundo dia do festival, já na Vila de Sendim, actuam os Galandum Galandaina, que celebram 20 anos de existência. Segue-se o concerto mais aguardado pelos amantes da folk, com os espanhóis Celtas Cortos.

Pelo Palco das Eiras passarão ainda os escoceses Calum Stewart & Heikki Bourgault, os cantábricos Cahórnega e a Banda de Gaites El Trasno, das Astúrias. São os únicos concertos com entradas pagas.

Durante os dias do Intercéltico está prevista uma grande animação nas ruas e praças de Sendim, com actuações de gaiteiros mirandeses e mogadourenses, assim como dos Pauliteiros de Sendim.

O Encontro de Escritores Asturianos e Mirandeses, o lançamento de cinco livros e uma exposição fotográfica sobre as Astúrias serão outros dos pontos altos do festival. Não faltarão, ainda, a habitual Oficina de Danças Mirandesas e as celebrações intercélticas na "indomável" Taberna dos Celtas.