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BES Revelação. Um retrato de Portugal, a Ilha dos Lençóis e outras histórias

25 jul, 2014

Patrícia Bandeira, Pedro Henriques, Sofia Lopes Borges e Lúcia Prancha são os vencedores da edição de 2014 do prémio.

BES Revelação. Um retrato de Portugal, a Ilha dos Lençóis e outras histórias

Patrícia Bandeira, Pedro Henriques, Sofia Lopes Borges e Lúcia Prancha são os vencedores da edição de 2014 do BES Revelação.

Além de receberem bolsas de produção no valor de 7500 euros, os trabalhos dos quatro artistas serão expostos entre 16 de Outubro a 11 de Janeiro de 2015 no Museu de Arte Contemporânea de Serralves, que organiza o prémio com o Banco Espírito Santo.

Em “Not otherwise specified”, uma instalação multimédia que associa fotografia e vídeo, Patrícia Bandeira parte de um acontecimento real (um grupo de islandeses que admitiu convictamente a autoria de um crime apesar não se lembrar de o ter cometido) para questionar a relação entre a fotografia e a assunção do real.
 
No projecto de Pedro Henriques, as imagens de uma mesa de mistura áudio adquirem um especial interesse visual. Distorções visuais são aplicadas a fotografias técnicas daquele objecto, depois impressas em placas de madeira recortada. Segundo o artista, “de forma algo paradoxal, pretende-se suscitar a sensação de se estar perante um instrumento sonoro com materialidade táctil”.
 
Sofia Lopes Borges vai percorrer toda a fronteira de Portugal, desde Caminha a Vila Real de Santo António, captando a paisagem estrangeira que se vê a partir do nosso país. “Europa” propõe um retrato de Portugal, “mostrando a paisagem visível daquilo que é a Europa”.
 
Lúcia Prancha desloca-se até à Ilha dos Lençóis, no Nordeste do Brasil, para recolher imagens e informações que lhe permitam fazer um documentário ficcionado sobre um grupo de albinos que acredita habitar um território assombrado por D. Sebastião desde que ele desapareceu em combate na célebre batalha de Alcácer Quibir (1578).

Segundo a artista, esta pesquisa tem-lhe servido para “entender um passado comum e a actual relação (ou não relação) entre Portugal e o Brasil”.

O júri deste ano foi constituído por María Inés Rodríguez (directora do CAPC – Musée d’Art Contemporain de Bordeaux), Andre Bellini (director do Centre d’Art Contemporain Genève) e Joe Scotland (director do Studio Voltaire, Londres).