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Rolling Stones no Rock in Rio. Cinco razões para não os perder

29 mai, 2014

É uma dúvida clássica, cada vez que os Stones vão a palco: "Será a última vez?".

Rolling Stones no Rock in Rio. Cinco razões para não os perder

Prometem um concerto "memorável" esta quinta-feira, em Lisboa, no Rock in Rio. A garantia é do promotor Nuno Brancaamp, que trabalha com a organização do festival. Mas não precisamos dela para perceber a importância de um concerto dos Rolling Stones. Há muitas razões para os ver. Eis cinco.

São históricos
Passaram 54 anos desde que os antigos colegas da primária Keith Richards e Mick Jagger se reencontraram na estação de comboios de Dartford, em Inglaterra. Os adolescentes levavam álbuns de Chuck Berry e Muddy Waters. A paixão pelo blues foi motivo de conversa e, dois anos depois, a convite do guitarrista Brian Jones, nascia uma das maiores bandas de rock’n’roll de todos os tempos. A apresentação oficial foi no dia 12 de Julho de 1962, no londrino Marquee Club.

Puseram perigo no rock
Os anos 60 ficaram marcados por duas bandas: The Rolling Stones e Beatles. Uns preferiam o lado mais sentimental, poético ou certinho da banda de Liverpool. Os outros preferiam a “insatisfação” e a música transgressora dos Stones. O mais curioso é que os músicos eram amigos e, em 1963, John Lennon e Paul McCartney escreveram e ofereceram aos Stones “I Wanna Be Your Man”.

São recordistas
Os números da banda são impressionantes: 51 anos de carreira; 29 álbuns de estúdio, dez gravados ao vivo e 31 compilações; 16 vídeo-álbuns e 57 telediscos; 107 singles e incontáveis canções. Venderam mais de 240 milhões de álbuns. O único álbum que não chegou ao “top 5” das tabelas foi “Bridges to Babylon” (1998).

Os recordes são vários. Eis um: o maior palco alguma vez montado em Portugal foi para receber os Rolling Stones. No Estádio do Dragão, em 2006, o palco tinha 60 metros de largura e 25 de altura e veio desmontado em 48 camiões TIR. Era iluminado por 443 luzes.

São mais do que a banda
Muitas foram as participações dos artistas em projectos a solo, de outros músicos ou de outras artes. “Ronnie” Wood tocou com  David Bowie, Eric Clapton e Aretha Franklin. O realizador Martin Scorsese usou a música “Gimme Shelter” em quatro dos seus filmes e fez um documentário, "Shine a Light" (2008), sobre um concerto da banda. A capa do álbum “Sticky Fingers” (1971) é da autoria de Andy Warhol. Foi a primeira vez que surgiu o icónico símbolo da banda, uma boca com língua de fora, desenhado por Ernie Cefalu.

Pode ser a última vez
Desafiam a lógica que manda os “rockers” arrumar as guitarras depois de uma “certa idade”. Não há “certa idade” para eles: Charlie Watts, o bisavô Mick Jagger e Keith Richards já passaram dos 70, “Ronnie” Wood está a chegar aos 67. Nada que assuste a banda. Estão marcados concertos para os próximos dois anos. E estes “animais de palco” estão em forma: à organização do Rock in Rio, pediram… uma pista de atletismo para o “backstage”.