27 abr, 2014
O poeta e escritor Vasco Graça Moura morreu este domingo, aos 72 anos de idade, vítima de cancro.
Distinguido em vida com as mais altas honras e distinções, Vasco Graça Moura faleceu no Hospital da Luz, em Lisboa, aos 72 anos de idade. O corpo vai estar em câmara ardente na Basílica da Estrela, estando o funeral marcado para as 10h00 de terça-feira.
Foram já muitas as personalidades da sociedade portuguesa que lamentaram esta perda nacional.
O Presidente da República, Cavaco Silva, lamentou a morte do escritor e tradutor Vasco Graça Moura, sublinhando a "marca indelével" que deixa na literatura, no debate democrático de ideias e na defesa da cultura.
"Neste momento de luto, rendo a minha homenagem ao homem de letras e ao homem de acção, que deixa uma marca indelével tanto na literatura, como no debate democrático de ideias e na defesa da nossa cultura", lê-se numa mensagem divulgada no 'site' da Presidência da República.
Na missiva, o chefe de Estado sublinha que foi com "profundo pesar" que tomou conhecimento da morte de Vasco Graça Moura, "um dos maiores escritores portugueses das últimas décadas e um dos intelectuais que mais contribuíram para a afirmação e a projecção internacional da nossa cultura".
O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, lamentou a perda deste “homem das letras” numa mensagem divulgada ao início da tarde. Este é um “momento de luto para a cultura" portuguesa e "para a vida cívica do país".
Passos Coelho acrescentou ainda que "Portugal perdeu hoje um dos seus maiores cidadãos" e que foi com um “profundo pesar” que soube da morte do actual presidente do Centro Cultural de Belém.
Francisco José Viegas – o seu último editor na “Quetzal” -, em declarações à Renascença, recordou o escritor como “um cavalheiro da cultura portuguesa, um intelectual notável, um poeta que soube de alguma maneira transportar para a sua poesia o melhor do ‘cano do ocidente’”.
O secretário de Estado da Cultura, Jorge Barreto Xavier, também à Renascença, confessou ter perdido um amigo: “O Vasco Graça Moura demonstrou sempre um notável sentido do dever, uma brilhante capacidade de visão e realização e foi sempre convicto das suas ideias, não fazendo nunca concessões a ninguém em relação ao modo como defendia os seus ideais. Fê-lo no Parlamento Europeu como deputado – pela defesa das suas convicções sobre a língua portuguesa – fê-lo sempre nos vários domínios em que se manifestou, sendo por isso uma referência para a sociedade portuguesa.”