Emissão Renascença | Ouvir Online

Morreu o pintor Nadir Afonso

11 dez, 2013

Tinha 93 anos, mas ainda trabalhava na sua arte de modo activo. Dizia que a obra de arte “é puramente intuitiva” e que tem “qualidades matemáticas, que a razão não compreende”. Funeral realiza-se sábado, em Chaves.

Morreu o pintor Nadir Afonso
O pintor Nadir Afonso, de 93 anos, faleceu esta quarta-feira no Hospital de Cascais. A notícia é avançada pela agência Lusa, que cita fonte familiar.

Os seus 93 anos não o impediam de se manter activo na sua arte, que não via como um acto de imaginação, mas de observação, percepção e manipulação da forma.

Nadir Afonso nasceu em Chaves, em 1920 e diplomou-se em Arquitectura no Porto. Trabalhou com Le Corbusier e Oscar Niemeyer. Estudou também pintura, em Paris, durante os anos 1940, tendo sido um dos pioneiros da arte cinética, na qual trabalhou ao lado de Victor Vasarely, Fernand Léger, August Herbin e André Bloc.

O seu trabalho chegou além-fronteiras e está patente em vários museus. As suas obras mais famosas são a série Cidades, que sugerem lugares em todo o mundo.

Em 1965, deixa a arquitectura e dedica-se à pintura.

O seu trabalho chegou além-fronteiras e está patente em vários museus. As suas obras mais famosas são a série Cidades, que sugerem lugares em todo o mundo.

Em 14 de Dezembro de 2010, Nadir Afonso foi condecorado pelo Presidente da República, Cavaco Silva, com o grau de Grande-Oficial da Ordem Militar de Sant’Iago da Espada.

Nesse dia, o pintor referia ser impossível explicar a obra de arte: Nesse dia, o pintor referia ser impossível explicar a obra de arte: “É puramente intuitiva. Há qualidades na obra de arte que são matemáticas, mas é uma matemática extremamente complexa, que a razão não compreende”.

O funeral do mestre Nadir Afonso realiza-se no sábado de manhã na sua terra natal, Chaves, avançou à agência Lusa fonte da câmara municipal.   
 
O corpo do pintor deverá chegar sexta-feira à tarde a Chaves, no distrito de Vila Real, e ficará em câmara ardente na Igreja da Misericórdia, situada no Largo de Camões, no coração do centro histórico da cidade. 
 
Ser sepultado nesta cidade de Trás-os-Montes seria, segundo a fonte, um desejo manifestado pelo pintor.

[notícia actualizada às 20h28]