"Queremos que Lisboa seja uma cidade maravilhosa"

A Associação de Defesa do Património de Lisboa, que foi apresentada esta segunda-feira, quer identificar, defender e preservar os edifícios da cidade.

Este grupo de cidadãos, liderado por Aline Beuvink, quer começar pela Baixa da capital, que considera uma zona “muito degradada”.

“Apesar de haver o plano de pormenor da Baixa, ele ainda não está a ser executado. E não podemos esquecer que há um projecto para ser Património da Humanidade. Para ser Património da Humanidade tem que cumprir determinadas regras impostas pela UNESCO. Se a avaliação da Baixa para esse efeito fosse hoje, nunca passaria”, afirma Aline Beuvink.

A Associação propõe-se fazer um levantamento do património em risco na capital, até ao final do ano, início de 2014.

Alemanha, Itália, Espanha e Holanda são alguns dos países onde a nova Associação de Defesa do Património de Lisboa já foi bater à porta para angariar verbas para recuperar edifícios degradados.

Entre os apoiantes financeiros desta Associação está o empresário Joe Berardo: “este é um poço sem fundo. Precisamos de fundos para recuperar tudo o que Lisboa tem. Por exemplo, em vez de fazermos tantas auto-estradas, que fizéssemos mais pela preservação do património”, defende.

Lisboeta por opção, o músico alentejano Vitorino é outro dos apoiantes deste grupo de cidadãos em defesa do património.
               
“Os que vêm da província para Lisboa, às vezes, conhecem melhor Lisboa que os lisboetas e o património é uma coisa que me interessa sempre. Nós que chegamos de fora queremos que Lisboa seja uma cidade maravilhosa, como é”, afirma Vitorino.

A Associação de Defesa do Património de Lisboa quer agora colaborar com a autarquia, a Direcção-Geral do Património, a Santa Casa da Misericórdia e outras entidades responsáveis pelo rosto da cidade.