Mais de 17 milhões de euros e vários postos de trabalho em causa, devido à falta de estratégia do Governo para a região Património da Humanidade. O alerta da Comissão de Trabalhadores da Fundação do Côa surge no Dia Internacional dos Monumentos e Sítios.
Os trabalhadores da Fundação Côa Parque estão preocupados com a sua situação laboral e acusam o Governo de não ter uma estratégia cultural de salvaguarda do património arquitectónico e arqueológico do Vale do Côa.
“Queremos alertar para a falta de estratégia cultural para assegurar e salvaguardar o património”, diz à Renascença José Branquinho, da comissão de trabalhadores, que aconselha o Governo a “não fazer cortes cegos, porque podem pôr em causa o futuro destas instituições”.
José Branquinho lembra que “o museu do Côa custou mais de 17 milhões de euros” e sublinha que “não é correcto que se tenha gasto tanto dinheiro e que não haja um projecto cultural para o museu”.
Os trabalhadores contestam ainda o corte de 30% aplicado pelo Governo à Fundação Côa Parque, medida que vai, em seu entender, tornar insustentável uma situação já difícil.
“Põe em causa a continuidade da fundação, o cumprimento da sua missão e alguns postos de trabalho”, sublinha José Branquinho.