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Património do Vale do Côa em risco

18 abr, 2013 • Olímpia Mairos

Mais de 17 milhões de euros e vários postos de trabalho em causa, devido à falta de estratégia do Governo para a região Património da Humanidade. O alerta da Comissão de Trabalhadores da Fundação do Côa surge no Dia Internacional dos Monumentos e Sítios.

Os trabalhadores da Fundação Côa Parque estão preocupados com a sua situação laboral e acusam o Governo de não ter uma estratégia cultural de salvaguarda do património arquitectónico e arqueológico do Vale do Côa.

“Queremos alertar para a falta de estratégia cultural para assegurar e salvaguardar o património”, diz à Renascença José Branquinho, da comissão de trabalhadores, que aconselha o Governo a “não fazer cortes cegos, porque podem pôr em causa o futuro destas instituições”.

José Branquinho lembra que “o museu do Côa custou mais de 17 milhões de euros” e sublinha que “não é correcto que se tenha gasto tanto dinheiro e que não haja um projecto cultural para o museu”.

Os trabalhadores contestam ainda o corte de 30% aplicado pelo Governo à Fundação Côa Parque, medida que vai, em seu entender, tornar insustentável uma situação já difícil.

“Põe em causa a continuidade da fundação, o cumprimento da sua missão e alguns postos de trabalho”, sublinha José Branquinho.