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Obras revelam fresco no tecto de capela de Coimbra

14 mar, 2013

Ordem Terceira de S. Francisco manifesta "grande vontade em recuperar o tecto agora descoberto", mas reconhece não ter condições financeiras para realizar os trabalhos.

Obras revelam fresco no tecto de capela de Coimbra

Obras de restauro a decorrer numa capela do Colégio do Carmo, em Coimbra, revelaram "um tecto pintado de grande qualidade artística", que vai ser preservado, anunciou a Ordem Terceira de S. Francisco de Coimbra. 
 
Proprietária daquele conjunto arquitectónico, na Baixa da cidade, a Ordem Terceira de S. Francisco manifesta "grande vontade em recuperar o tecto agora descoberto", mas reconhece não ter condições financeiras para realizar os trabalhos. 
 
O fresco foi encontrado na capela da Maternidade, um pequeno templo do século XVIII que faz parte do antigo Colégio do Carmo, na rua da Sofia. 
 
"Foi uma enorme surpresa. Não se sabe exactamente em que época foi pintado", nem quando foi coberto com a cal, que está a ser removida, disse à agência Lusa Adelino Marques, ministro da Venerável Ordem Terceira de S. Francisco, que tem o estatuto de instituição particular de solidariedade social (IPSS). 
 
Adelino Marques disse que a instituição vai tentar o "apoio de eventuais mecenas", bem como da Secretaria de Estado da Cultura, para proceder à sua recuperação. 
 
A descoberta da pintura mural aconteceu durante os trabalhos que estão há vários meses a ser efetuados pela empresa Signinum - Gestão de Património Cultural, de Braga, que envolvem o restauro de painéis de azulejos, conservação da talha do altar-mor e de duas telas da capela setecentista. 
 
A IPSS de Coimbra, que gere um lar com 50 idosos, "tem neste momento as verbas necessárias para todos os seus compromissos, onde também se inclui a modernização do lar da terceira idade". 
 
No entanto, "para este achado, com o qual ninguém contava, não há, por enquanto, financiamento", refere uma nota da instituição. 
 
Adelino Marques insistiu na importância de preservar "um património de grande qualidade e essencial" para a história da cidade de Coimbra. 
 
Segundo António Cardoso, da Signinum, o fresco descoberto "é uma pintura mural muito bem composta", possivelmente do século XVIII.