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Bispo de Beja quer preparar transição na diocese

05 mar, 2013 • Domingos Pinto

D. Vitalino Dantas, em entrevista à Renascença, espera que o bispo coadjutor que vai pedir para a diocese tenha “espírito missionário”.

O bispo de Beja, D. Vitalino Dantas, vai pedir ao próximo Papa um bispo coadjutor, de modo a preparar a sua sucessão a três anos do seu pedido de resignação, que vai acontecer quando fizer 75 anos de idade.

Em entrevista à Renascença, o prelado considera que precisa de um bispo coadjutor para o ajudar nas tarefas pastorais, em especial no acompanhamento do sínodo diocesano.

“Eu não gostaria de chegar aos 75 anos e, nessa altura, a diocese ficar à espera de um bispo”, afirma D. Vitalino Dantas.

“Eu também estou a sentir já os limites para poder estar presente em toda a diocese, que é muito extensa, daí que no dia 31 de Janeiro, na reunião do conselho presbiteral, expus a minha vontade de pedir um bispo coadjutor, não um auxiliar, porque o coadjutor é alguém que vem, trabalha com o bispo que está e depois sucede-lhe à frente da diocese. Eu vejo a Igreja mais nesse sentido de uma continuidade no testemunho e na missão”, sublinha.

Natural de Vila Verde, distrito de Braga, D. António Vitalino Dantas completa 72 anos no próximo mês de Novembro.

Com a resignação de Bento XVI, o bispo de Beja tem de esperar pela eleição do novo Papa para fazer o pedido de um bispo coadjutor.

“Espero que ainda este ano se possa começar o processo de escrutínios, propostas de possíveis candidatos e, ao longo do próximo ano, poder ter a nomeação do coadjutor. Até com esta mudança de papado, não espero que antes de ano e meio possa ter uma resposta da nomeação do coadjutor”, sublinha.

D. António Vitalino não tem preferências sobre o seu sucessor à frente da diocese de Beja, mas espera que tenha “espírito missionário”.