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Bispo português gostaria que o novo Papa fosse mais jovem

11 fev, 2013

Novo Papa tem de ter “visão universal”, “dar esperança” e “orientar” nestes tempos de mudança, defende D. Carlos Azevedo, para quem o ideal seria uma figura de África ou da Ásia.

D. Carlos Azevedo, delegado do Conselho Pontifício da Cultura, diz que a Igreja tem necessidade de um novo Papa com grande capacidade para ler as necessidades de um mundo em mudança, por isso, defende um Bispo de Roma entre os 60 e os 70.

“A Igreja, neste momento, exige muita coragem. Certamente requer alguém com uma grande lucidez perante o futuro, perante o que se está passar no mundo e uma capacidade de discernimento de atender à Igreja no seu todo, não de uma visão apenas europeia, mas com uma visão universal, que dê esperança e oriente nesta grande mudança cultural e de valores que se está a operar no mundo. Exigirá um grande sentido de ousadia profética para ser testemunha de Reino de Deus”, disse.

Nestas declarações D. Carlos acha que o ideal seria um Papa entre os 60 e os 70 – após um pontificado breve como foi este de oito anos. “Que o próximo possa ter um pouco mais de perspectiva pela frente para dar alguma continuidade às perspectivas que trará para a Igreja”.

E quanto à continuidade de um Papa europeu? “Fala-se muito de um italiano, mas pessoalmente preferia que se encontrasse uma figura de África ou da Ásia, sobretudo, que pudesse corresponder à exigência do Ministério de Pedro”, considera.

Questionado pela Renascença quanto a possíveis nomes, D. Carlos Azevedo fala de um estado geral de surpresa. “Ninguém contava ter de estar a fazer cálculos tão rapidamente. Eu próprio não tenho nenhuma análise feita de olhar para a lista toda dos cardeais e ver quais são os que estão mais bem preparados. Mas o que interessa é deixarmo-nos guiar pelo que o Espírito Santo nos diz e não por qualquer outra perspectiva de grupos ou pressões - isso exigirá muita oração e muita capacidade de olhar o bem comum da Igreja”.