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Antigo aluno do Papa vê "coerência" na resignação

11 fev, 2013

Padre António Vaz Pinto diz que a situação de Bento XVI não deve ser vista à luz do exemplo de João Paulo II.

A decisão de Bento XVI de renunciar ao seu cargo, com efeito a partir de dia 28 de Fevereiro, às 20h00, é bem-visto pelo padre António Vaz Pinto, que sublinha a sua coerência.

No caso de João Paulo II o mundo assistiu ao sofrimento do Papa, até ao fim da sua vida, mas agora será diferente. O sacerdote jesuíta, que é antigo aluno de Bento XVI, vê ambos os casos como positivos.

“Se há tanto de positivo no ir até ao fim de João Paulo II, também há muitíssimo de positivo na decisão lúcida e consciente de Bento XVI de dizer que chegou ao termo a sua missão. Há uma certa coerência que aqui se manifesta, porque a Igreja solicita que os bispos, aos 75 anos, solicitem a sua resignação. Ele foi eleito com 78 e agora fez 85 portanto se é muito duro o trabalho de um bispo diocesano, muito mais o de Papa, com toda a responsabilidade, complexidade e universalidade que tem nas costas, por isso nesse sentido tem toda a lógica que ele, se sente diminuir as forças, diga ‘então outro que venha’”, considera.